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Contra o negócio com Israel, trabalhadores bascos bloquearam Porto de Bilbau

Cem militantes do sindicato LAB bloquearam a entrada do Porto de Santurtzi (Bilbau), esta quarta-feira, protestando contra o envio de armas a Israel e pelo fim da cumplicidade com o sofrimento na Palestina.

Acção à entrada do Porto de Bilbau, em Santurtzi (Biscaia), pelo fim da «cumplicidade com o genocídio na Palestina», a 15 de Janeiro de 2025 Créditos / LAB

«Os trabalhadores bascos não querem ser cúmplices do genocídio», afirmou Amaiur Rentería, responsável do LAB em Ezkerraldea (Margem Esquerda da ria), na manhã desta quarta-feira, dia em que se falou muito de um cessar-fogo iminente, que acabaria por ser anunciado, e em que Israel continuou a massacrar a Faixa de Gaza cercada.

A dirigente sindical afirmou que «não é aceitável que o patronato basco faça negócios com o sionismo» e recordou que, no passado dia 16 de Dezembro, o LAB registou uma petição junto da Autoridade Portuária de Santurtzi para que deixasse de facilitar o envio de armas a Israel.

Num contexto em que «várias empresas bascas enriquecem à custa do genocídio sofrido pelo povo palestiniano», denunciou-se a sua cumplicidade com a ofensiva da ocupação israelita.

Na mesma ocasião, tomou a palavra o secretário de Relações Internacionais do LAB, Koldo Sáenz, que referiu que «a 7 de Outubro de 2023 não começou nada» e que a actual situação «se enquadra num processo de colonização, ocupação e apartheid da Palestina» que dura há mais de sete décadas.

Solidariedade com a Palestina à entrada do Porto de Bilbau, numa iniciativa promovida pelo sindiocato LAB / LAB

Disse ainda que «não podemos deixar a Palestina sozinha» e denunciou o apoio que os Estados Unidos e a União Europeia têm dado à ofensiva sionista. «Infelizmente, a maioria dos governos fez ouvidos moucos ao que os seus povos exigem nas ruas», lamentou.

Como sinais de esperança, o LAB apontou o facto de um navio com armas não ter sido descarregado pelos trabalhadores no Porto do Pireu (Grécia) ou o de um avião que transportava armas para Israel ter sido bloqueado no aeroporto de Shanon, na Irlanda.

Neste sentido, o dirigente sindical pediu aos trabalhadores bascos que utilizem todos os mecanismos de pressão ao seu alcance para obrigar Israel a cumprir as resoluções das Nações Unidas.

Também interpelou a chamada comunidade internacional para que consiga alcançar uma solução integral que garanta a paz e a justiça na Palestina, ponha fim à ocupação e à colonização, garanta o regresso dos presos e refugiados, bem como o direito de autodeterminação.

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