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Acordo aprovado responde positivamente às reivindicações

Vitória dos trabalhadores da Gestamp

Os trabalhadores da empresa do sector automóvel, em Vendas Novas, aprovaram em plenário o acordo de aumentos salariais mínimos de 30 euros nos próximos dois anos, reposição do subsídio de turno e fixação do salário mínimo na empresa em 600 euros.

Plenário dos trabalhadores da Gestamp, em Vendas Novas (foto de arquivo)
Créditos / União de Sindicatos de Évora

O acordo alcançado ontem à tarde foi aprovado pelos trabalhadores da Gestamp no plenário que se seguiu à reunião negocial com a administração, de acordo com a União de Sindicatos de Évora (USE/CGTP-IN). As principais reivindicações – reposição do subsídio de turno, aumentos salariais e salário mínimo de 600 euros – foram alcançadas.

O subsídio de turno na empresa foi retirado há sete anos e vai ser reposto de imediato, com retroactivos a partir do passado mês de Setembro. Em matéria salarial, foi conseguida reposta positiva à exigência de um mínimo de 600 euros mensais já em Janeiro e aumentos salariais de 1%, com um mínimo de 30 euros mensais, no início de 2018 e de 2019.

Também no plano do combate à precariedade, os trabalhadores alcançaram uma importante vitória e conseguiram que a empresa se comprometesse à passagem a efectivos de 20 trabalhadores com vínculos precários durante a vigência do acordo, dez em cada um dois próximos dois anos.

O caderno reivindicativo foi aprovado em plenário convocado pelo Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente do Sul (SITE Sul/CGTP-IN) no passado dia 9 de Setembro, que contou com a participação do secretário-geral da Intersindical. Na altura, o dirigente sindical afirmou que a reivindicação «mais imediata» diz respeito à «reposição do pagamento do subsídio de turnos», que «deixou de ser pago há uns anos, a pretexto da recessão económica e de dificuldades da empresa».

Das propostas dos trabalhadores constavam também o aumento do salário mínimo na empresa para 600 euros e a aumentos de 35 euros. No caso do salário mínimo, a vitório dos trabalhadores da Gestamp assume um importante significado, num momento em que se discute o aumento do salário mínimo nacional para 2018, com o Governo e o BE a ficarem-se pelos 580 euros, a UGT a falar em 585 euros como base de discussão e a CGTP-IN e o PCP a recolocarem a necessidade de um aumento para os 600 euros já em Janeiro.

Para 2019, o acordo aprovado pelos trabalhadores prevê ainda o aumento do subsídio de alimentação para sete euros em dia de descanso, a criação de um prémio de assiduidade trimestral de 75 euros, a aplicação de condições mais favoráveis aos trabalhadores no banco de horas em vigor na empresa e a criação de um seguro de saúde dentária e oftalmológica na empresa.

A fábrica de Vendas Novas, onde se produzem componentes para a indústria automóvel, pertence à multinacional espanhola Gestamp, que possuiu outras unidades em Aveiro e Viana do Castelo. No primeiro semestre do ano, o grupo apresentou lucros de 116 milhões de euros, uma subida de quase 25 milhões face ao mesmo período de 2016.

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