Mais de 20 autarquias subscreveram o ofício dirigido pela Câmara Municipal do Seixal à administração dos CTT, contra o encerramento de 22 lojas, em todo o País.
Destas, acompanham o presidente da Câmara do Seixal (Setúbal), Joaquim Santos, na reunião com a administração dos Correios, amanhã, os presidentes das câmaras de Loures (Lisboa), Bernardino Soares, e de Alpiarça (Santarém), Mário Pereira, juntamente com os presidentes das juntas de freguesia do Areeiro (Lisboa), Fernando Braancamp, e de Alpiarça, Fernanda Cardigo, e das uniões de Freguesias de Camarate, Unhos e Apelação (Loures), Renato Alves, e do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires, António Santos.
Em causa, dizem, está uma medida anticonstitucional, que «não respeita nem garante a efectivação dos direitos e liberdades fundamentais como o princípio da igualdade dos cidadãos portugueses, independentemente do local onde vivem».
As autarquias alertam ainda para a possibilidade de o encerramento das lojas levar ao encerramento de diversas actividades económicas e provocar a perda do nível de desenvolvimento económico e social.
O Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos (MUSP) da Cidade de Lisboa está solidário com mais esta acção em defesa do serviço postal público ao serviço das populações. Num comunicado, o MUSP exorta à participação de todos os utentes, amanhã, pelas 10h, junto à sede dos CTT, no Parque das Nações, em Lisboa.
Mais de mil assinaturas contra fecho em Paços Brandão
No dia 1 de Fevereiro, um grupo de utentes de Paços Brandão, no concelho de Santa Maria da Feira (Aveiro), dirigiu-se ao balcão dos Correios para enviar uma petição ao Presidente da Assembleia da República, com mais de mil assinaturas, contra o encerramento do balcão dos CTT da freguesia.
Na sequência da afirmação do presidente da Câmara de Santa Maria da Feira, Emídio Sousa, de que a solução passará por encontrar um parceiro particular que garanta o serviço dos correios noutro local, os utentes reiteram num comunicado que os serviços públicos «não podem ser entregues a privados», já que «não poderão garantir todos os serviços de qualidade como eram assegurados até agora».
À lista de 22 encerramentos, divulgada no início do ano, os CTT acrescentaram na semana passada as lojas na Praça da República, em Coimbra, e no Amial, no Porto.
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