Durante o debate do relatório sobre a composição do Parlamento Europeu para o mandato 2019-2024, três deputados portugueses tomaram a palavra para dizer o mesmo, que estavam contra as listas transnacionais mas consideravam a distribuição de lugares «justa»: Paulo Rangel (PSD), Nuno Melo (CDS-PP) e Marisa Matias (BE). Marinho e Pinto também está de acordo com a distribuição mas indiciou abertura para o círculo único.
Esta última proposta, que constava de um dos artigos do relatório co-assinado pelo português Pedro Silva Pereira (PS), acabou por ser chumbado, mantendo-se, no entanto, a recomposição de lugares no hemiciclo de Estrasburgo, na sequência do Brexit. França, Espanha (mais cinco lugares), Itália e Holanda (mais três lugares) são os principais beneficiários. Portugal mantém os 21 deputados, perdendo assim peso relativamente às potências dominantes da União Europeia.
João Ferreira (PCP) foi o único deputado português a criticar a opção de reduzir o número de deputados de 751 para 705 e, simultaneamente, manter o corte que países como Portugal sofreram na sequência dos mais recentes alargamentos – no caso português, de 25 para 24 em 2004, passando a 22 em 2009 e 21 em 2014.
O deputado comunista considerou que era possível aproveitar a oportunidade para «devolver» deputados aos países nas mesmas circunstâncias que Portugal e que as propostas hoje aprovadas prolongam «desequilíbrios existentes» e reduzem «possibilidades de representação mais fiel, porque mais plural, da vontade de cada povo».
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