Os inspectores das pescas iniciaram ontem uma nova greve ao trabalho extraordinário, além do período normal de trabalho, em feriado e dia de descanso, até 30 de Junho. A greve dá continuidade às realizadas nos últimos trimestres.
Em comunicado, a Federação dos Sindicatos da Função Pública (FNSTFPS/CGTP-IN) explica que os trabalhadores exigem do Governo «a negociação e aprovação da carreira especial de inspecção, com o respectivo regime de trabalho, e que as competências de investigação/inspecção/fiscalização das pescas fiquem sediadas exclusivamente na Autoridade Nacional das Pescas e na inspecção das pescas em concreto».
Em Fevereiro, o Ministério do Mar apresentou à FNSTFPS um projecto de criação da carreira especial de inspecção das pescas, que, segundo a estrutura sindical, não correspondeu às expectativas e às exigências dos trabalhadores.
«Não só porque no plano salarial não se regista qualquer valorização, mas também porque não consagra medidas para a resolução de problemas que subsistem há largos anos, como o da organização dos horários e da duração de trabalho, o da compensação pelo trabalho prestado em missões a bordo e o do regime de aposentação», diz o comunicado.
A 9 de Março, a federação reuniu-se com o secretário de Estado das Pescas, a quem apresentou uma contraproposta com alterações ao projecto do Governo, mas até agora não foi marcada nova reunião negocial.
«Deste modo, a FNSTFPS e os trabalhadores da carreira de inspecção das pescas decidiram prolongar a greve ao trabalho suplementar (...), com a apresentação de um novo aviso prévio, sendo que no período em causa poderão vir a ser postas em causa diversas acções de fiscalização, quer nacionais quer internacionais», acrescenta a nota.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui