O Ministério do Mar anunciou hoje a aprovação do regime especial com vista à atribuição de ajudas de custo aos trabalhadores do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) em missão a bordo dos navios de investigação.
A greve que arrancou no dia 9 e terminou a 24 de Abril, com a convocação de outra recentemente para 2 de Maio, foi determinante para o desfecho. Os trabalhadores exigiam a reatribuição do subsídio de embarque e mergulho, que lhes tinha sido retirado quando foram integrados no IPMA em 2012, após este assumir as funções do Instituto Nacional de Recursos Biológicos.
Em comunicado, a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS/CGTP-IN) afirmou que tal conquista «é o resultado da «luta dos trabalhadores, greve por si levada a cabo, (...) que impediu até hoje a saída do navio Noruega para o cruzeiro da sardinha».
«A solução agora adoptada permite responder à especificidade do trabalho a bordo dos navios de investigação, assegurando uma compensação pecuniária adequada às características do trabalho desenvolvido», lê-se no comunicado do Governo. Uma solução que corresponde àquela defendida pela Federação nas negociações, que apela agora à aplicação imediata da medida.
Em causa estava o trabalho realizado em campanha, que implica uma deslocação em serviço para fora do domicílio, em mar aberto, por períodos significativos, com impossibilidade de regresso ao domicílio durante a sua realização. Até este momento, os custos da ausência prolongada das famílias eram suportados pelos trabalhadores.
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