De acordo com a agência SANA, que cita fontes militares, o ataque da chamada «coligação internacional» ocorreu na madrugada desta quinta-feira e teve como alvo posições do Exército Árabe Sírio (EAS) localizadas na província de Deir ez-Zor, entre Al-Bukamal e Hmeimeh.
O ataque, que provocou danos materiais, «enquadra-se no contexto de apoio explícito da coligação às organizações terroristas», indica a mesma fonte.
De acordo com a SANA, esta acção dos caças da coligação liderada pelos EUA dá-se menos de 24 horas depois de o EAS e seus aliados terem repelido uma forte ofensiva do Daesh (o chamado Estado Islâmico) contra várias posições suas no deserto, junto a Al-Mayadin, localidade a cerca de 44 quilómetros a sudeste da cidade de Deir ez-Zor.
Contactadas pela Reuters, fontes militares norte-americanas afirmaram não ter qualquer conhecimento do ataque desta madrugada.
Dizem que o alvo é o Daesh
Alegando estar a atacar posições do Daesh, a coligação liderada pelos norte-americanos opera na Síria desde Setembro de 2014, sem autorização do governo de Damasco ou um mandato das Nações Unidas.
Esta aliança militar – na qual a França se tem empenhado mais afincadamente nos últimos dois meses, com registos evidentes no terreno – tem sido sistematicamente acusada de atingir a população civil e de não cumprir o objectivo que sempre disse perseguir: destruir o Daesh.
De forma reiterada, o governo de Damasco denunciou, junto de instâncias internacionais, como as Nações Unidas e o seu Conselho de Segurança, os massacres perpetrados por esta coligação, sobretudo nas províncias de Deir ez-Zor e Raqqa. De acordo com as autoridades sírias, os ataques desta coligação provocaram a morte a centenas de civis, sobretudo nas duas províncias referidas.
Para além disso, os caças da coligação liderada pelos EUA atacaram as posições do Exército sírio e seus aliados em mais do que uma ocasião, tendo o caso mais grave ocorrido em Setembro de 2016 nas imediações de Deir ez-Zor. Nesse ataque, que deu uma ajuda preciosa ao Daesh no campo de batalha, foram mortos, «por erro», perto de uma centena de soldados sírios e outros tantos ficaram feridos.
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