A comissão de utentes reuniu-se esta semana com as administrações da TST –Transportes Sul do Tejo e da Transtejo para apresentar as suas propostas e reivindicações. No caso da TST, o objectivo era «perceber que medidas estão a ser tomadas pela empresa para a época de Verão».
Em causa, os vários alertas recebidos pela comissão para «o calor que se faz sentir dentro dos autocarros», mas também a supressão de autocarros às horas de ponta para servir as praias, refere num comunicado.
Perante a resposta da empresa, de que «todos os autocarros têm ar condicionado e que o horário de Verão vai ser idêntico ao do ano passado», a comissão de utentes alerta os passageiros para reclamarem sempre que estas situações não se verifiquem, seja directamente nas instalações da TST do Laranjeiro e de Cacilhas, ou na página deste operador rodoviário na internet.
Na reunião, lê-se no texto, a comissão de utentes frisou ainda que não aceita que a oferta seja reduzida e que ainda existam carreiras que circulam por Almada que não admitem o Passe Social, como é o caso da 151 (Charneca de Caparica /Marquês de Pombal) e 159 (Lisboa /Marisol).
Estado actual da empresa é fruto do desinvestimento
No encontro com a Transtejo, que assegura as ligações fluviais entre Almada e Lisboa, os utentes contestaram a degradação das instalações, designadamente o Cais de Embarque de Cacilhas e a instabilidade do piso do Cais de Embarque da Trafaria), mas também da frota, «com problemas de higiene e manutenção».
Os utentes dão conta de que «a administração da Transtejo concordou com o diagnóstico apresentado, corroborando que o estado actual da empresa resulta do desinvestimento verificado durante os governos do PS/Sócrates e do PSD/Passos Coelho».
Em exercício há cerca de um ano e meio, o conselho de administração informou que vai lançar este ano um concurso para o projecto da obra no cais de embarque da Trafaria e proceder a algumas reparações no cais de embarque de Cacilhas, durante o Verão.
Apesar da «notória urgência», a intervenção de fundo no cais de Cacilhas acontecerá depois de se definir a sua localização definitiva, estando a aguardar a decisão da Câmara de Almada. No entender dos utentes, e também a propósito da TST, a autarquia «deverá assumir uma atitude mais reivindicativa junto do operador rodoviário e do Governo, no sentido de termos um melhor serviço de transportes públicos».
Os utentes dos transportes da Margem Sul consideram ainda que o Governo deve apoiar financeiramente a Transtejo, «incentivando o crescimento da empresa em meios humanos e materiais, de modo a que esta possa desempenhar condignamente o seu papel no desenvolvimento dos concelhos da Margem Sul e da Área Metropolitana de Lisboa».
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