É um esquema perfeito para a multinacional francesa, Auchan. Tecnicamente, a empresa continua a entregar os trabalhadores uma espécie de subsídio de refeição, ao mesmo tempo que os obrigada a gastar o dinheiro a que têm direito nas suas próprias lojas, reavendo o valor do subsídio que é dos trabalhadores por direito.
Os trabalhadores do Auchan recusam o pagamento do valor do subsídio de refeição através de um cartão que só pode ser utilizado na empresa. Na denúncia realizada através de comunicado, o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN) afirma que «não pode ser considerado um cartão refeição», uma vez que o seu uso está limitado à empresa. O sindicato entende que é «perverso» o facto de a empresa ter adoptado esta forma de «pagar» o valor do subsídio de refeição. Tanto mais que, acrescenta, graças aos baixos salários praticados pela empresa, o subsídio de refeição «é usado muitas vezes para pagar outras despesas». Neste sentido, reivindica que a empresa proceda ao aumento dos salários e do subsídio de refeição, e que o faça «sem artimanhas e sem tentar enganar os trabalhadores». A Auchan Holding, que detém a Auchan Retail, a Ceetrus e a Oney, fechou o ano de 2020 com lucros líquidos de 907 milhões de euros. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Trabalho|
Subsídio de refeição do Auchan fica na empresa
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Os trabalhadores, demonstrando o seu descontentamento, vão realizar, no dia 12 de Janeiro, uma acção de protesto à porta da sede da Auchan, em Paço de Arcos, pelas 11h: «contra a imposição do cartão Bom Garfo e para entregar os abaixo-assinados recolhidos em todas as lojas do grupo», informa o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN).
Certo é que uma «grande parte dos trabalhadores quer continuar a receber o subsídio de refeição como sempre recebeu com o seu vencimento», tendo sido recolhidos abaixo-assinados nesse sentido «em todas as lojas do grupo».
O CESP, que se opôs e se continuará a opôr ao cartão «Bom Garfo» e à forma «como a empresa o impõe aos seus trabalhadores», vai entregar os abaixo-assinados no dia da acção de protesto, 12 de Janeiro às 11h. O sindicato apela à participação de todos os «trabalhadores que se encontram de folga ou férias» juntando-se ao CESP nesta acção.
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