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Em vésperas de greve, o Arsenal do Alfeite sai à rua

Em plenário geral, o Arsenal do Alfeite vai encher as ruas de Almada, às 9h15 de dia 17 de Novembro, expondo a sua situação à população e à autarquia. Já é certa a adesão à greve geral da função pública de dia 18.

Trabalhadores da base do Alfeite durante uma vigília à porta dos estaleiros para protestar contra as propostas laborais apresentadas pela administração, 9 de julho de 2009 
CréditosAntónio Cotrim / Agência Lusa

Os trabalhadores abandonam os seus postos de trabalho às 9h15, saíndo das instalações através do Portão Verde da Base Naval de Lisboa (Rua José Carlos de Melo, Almada), seguindo em desfile até à Praça da Portela, onde se concentrarão e realizarão o plenário geral, informa, em comunicado conjunto enviado ao AbrilAbril, a Comissão de Trabalhadores da Arsenal do Alfeite (CTAA) e o Sindicato dos Trabalhadores Civis das Forças Armadas e Empresas de Defesa (STEFFAs/CGTP-IN).

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Orçamento para 2023 deve incluir investimento no Alfeite

A Comissão de Trabalhadores do Arsenal do Alfeite, em Almada, defende que o momento é de «emergência» e reivindica investimento nas infra-estruturas do único estaleiro naval público. 

Trabalhadores denunciam que a situação «está a comprometer a indispensável modernização e o desenvolvimento do único estaleiro naval público em Portugal»
Créditos / Arsenal do Alfeite

O estaleiro «não aguenta mais sem o necessário investimento, para que possa dar cumprimento à sua missão», ou seja, a construção, reparação e manutenção dos navios da Marinha Portuguesa, realça a Comissão de Trabalhadores num comunicado enviado ao Abrilbril.

Quando está em preparação o Orçamento do Estado para 2023, a estrutura defende que este é o «momento indicado» para resolver a situação do investimento no Arsenal do Alfeite em infra-estruturas, nomeadamente em meios de docagem, modernização de oficinas e ferramentas e equipamentos.

«Quando o actual Governo afirma que quer apostar na indústria aeroespacial, na indústria ferroviária, quando Portugal está na vanguarda "da guerrilha tecnológica", através da Marinha, não pode deixar de apostar» no Arsenal do Alfeite, insiste a Comissão.

Os trabalhadores defendem que a infra-estrutura não deve ser olhada como uma «repartição» e criticam a cativação de verbas, que dificultam o cumprimento das obrigações do Alfeite. Lembram, a este propósito, que, apesar do Orçamento deste ano ter entrado em vigor em 28 de Junho, continuam por descongelar as promoções de 45 trabalhadores, «que se encontram assim desde 2018».

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O plenário que os trabalhadores estão a preparar é mais um momento numa luta de anos, que se vem intensificando nos últimos meses. No dia 8 de Novembro, os trabalhadores lotaram o refeitório e identificaram um conjunto de reivindicações indispensáveis para dignificar a carreira.

Em conjunto, os trabalhadores decidiram exigir «uma actualização salarial que permita repor o poder de compra, a admissão de mais trabalhadores, a modernização e reequipamento do Estaleiro e o desbloqueamento da situação de 45 trabalhadores, congelados na carreira desde 2018 por inacção do Governo».

Em Outubro, a CTAA havia alertado para a necessidade de não tratar o Alfeite «como uma repartição, onde além de não serem feitos investimentos, ainda cativam as verbas criando problemas orçamentais e dificuldades em cumprir com as suas obrigações e a aquisição de bens necessários ao seu funcionamento».

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