|docentes

Fenprof exige soluções para docentes do Ensino Português no Estrangeiro

A Federação anunciou que irá realizar um protesto, esta segunda-feira, junto à Fundação Gulbenkian, em Lisboa, onde decorre o 8.º Encontro da Rede do Ensino Português no Estrangeiro.

Créditos / bomdia.lu

A acção de protesto da Federação Nacional dos Professores (Fenprof/CGTP-IN) terá início às 9h e visa denunciar «a indisponibilidade para dialogar e negociar soluções para os problemas por parte do MNE [Ministério dos Negócios Estrangeiros] e do Instituto Camões, IP».

No 8.º Encontro da Rede do Ensino Português no Estrangeiro (EPE), que terá lugar na Fundação Calouste Gulbenkian, irá intervir o secretário de Estado da Educação, António de Oliveira Leite, pelo que a estrutura sindical pretende reafirmar a proposta de que os docentes do EPE voltem a depender do Ministério da Educação e de que, em relação a este sistema de ensino público, promovido pelo Estado Português, sejam claras as responsabilidades em relação às demais competências.

Em comunicado de imprensa ontem emitido, a federação sindical afirma que «os problemas que os docentes do EPE enfrentam são inúmeros». Refere-se, por exemplo, a salários desajustados à realidade dos países em que exercem actividade; à ausência de estabilidade profissional e de emprego, que também se reflectem na inexistência de uma carreira ou a difíceis condições de trabalho.

Entre os problemas elencados, contam-se também a falta de apoio por parte de alguns consulados e um regime jurídico que tarda em ser revisto, apesar da promessa dos governantes.

«Sol de pouca dura»

No início da actual legislatura, a Fenprof reuniu-se com o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Paulo Cafôfo, que «demonstrou grande abertura para o diálogo e a negociação, só que foi sol de pouca dura».

Desde então, denuncia a estrutura sindical, não se realizou mais nenhuma reunião, apesar dos vários pedidos feitos, que Paulo Cafôfo «ignorou, desconhecendo-se se por iniciativa própria ou decisão do ministro Cravinho».

A Fenprof acusa tanto Cafôfo como Cravinho de estarem ausentes quando se trata de resolver os problemas do EPE e de quem nele exerce actividade profissional, sublinhando que a «prova de vida do secretário de Estado é feita, apenas, nas múltiplas visitas que faz ao estrangeiro, principalmente quando integra a comitiva do Presidente da República».

Tópico

Contribui para uma boa ideia

Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.

O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.

Contribui aqui