O incumprimento pela administração da empresa da integração de 16 trabalhadores temporários, acordada por sindicatos e entidade patronal no Ministério do Trabalho, em Janeiro deste ano, e o despedimento desses trabalhadores, apesar de estarem ao serviço há mais de 15 anos nas mesmas funções, foi um dos pontos de conflito que conduziram os trabalhadores à acção de luta que se realizará no próximo dia 10 de Dezembro.
A moção aprovada pelos trabalhadores no plenário do passado dia 2 de Dezembro critica, além deste incumprimento, a posição «abusiva e prepotente» da Direcção de Produção da empresa nas questões laborais, e pede que sejam tomadas «acções de gestão relativas ao relacionamento humano e à garantia de cumprimento dos direitos».
Os trabalhadores manifestam-se firmes «na defesa dos postos de trabalho existentes» e «na defesa dos direitos e da dignidade dos trabalhadores», e unidos em torno dos seus representantes, a comissão de trabalhadores e o Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal (SINTAB/CGTP-IN).
Em comunicado reportado pelo Jornal de Negócios, o SINTAB afirma que «a Super Bock informou, no passado dia 20 de Novembro, ao SINTAB e à DGERT [Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho], a decisão de não cumprir com o compromisso que havia assumido em Janeiro, de integrar, nos seus quadros, 16 dos trabalhadores com vínculos precários e que desempenham tarefas contínuas e essenciais há mais de 15 anos».
Aos trabalhadores da Super Bock Bebidas juntar-se-ão os trabalhadores da empresa prestadora de serviços Conductor, com a qual os 16 despedidos mantinham vínculo contratual.
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