|Economia

Lucros crescentes das petrolíferas sem reflexos nos salários

A Galp aumentou os seus lucros em 74%, para 135 milhões de euros, no primeiro trimestre. No sector, os trabalhadores pagam o seu salário em uma hora e meia – o resto da riqueza vai para os patrões.

Os lucros da petrolífera portuguesa cresceram 74% no primeiro trimestre de 2018
CréditosEstela Silva / Agência LUSA

A Galp anunciou, esta manhã, o aumento dos seus lucros trimestrais para 135 milhões de euros, uma subida de 74% quando comparados com os resultados do primeiro trimestre de 2017, ou seja, mais 57 milhões.

O sector petrolífero é dos que apresenta maiores lucros e, igualmente, um daqueles em que a apropriação da riqueza criada pelos patrões é mais acentuada. Os salários representam apenas 20,2% do valor acrescentado bruto, ou seja, em média, ao fim de uma hora e 37 minutos cada trabalhador cria a riqueza equivalente ao seu salário, numa jornada de oito horas, de acordo com as contas nacionais do Instituto Nacional de Estatística de 2016.

Este é o sector de toda a indústria portuguesa em que a proporção dos salários na riqueza criada foi o mais baixo nesse ano, assim como em grande parte do período desde 2004 – quando o preço dos combustíveis foi liberalizado, pelo governo do PSD e do CDS-PP liderado por Durão Barroso.

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