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Mais de 32 mil trabalhadores sofrem de lesões músculo-esqueléticas

No Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, a Fiequimetal reivindica trabalho digno e protecção dos trabalhadores, e expressa preocupação pela maior predominância de lesões músculo-esqueléticas.

Créditos / Ecosaúde

A Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas e Eléctricas (Fiequimetal/CGTP-IN) regista que, com o retomar da normalidade da actividade laboral, após as medidas tomadas no âmbito da pandemia, verifica-se uma intensificação dos ritmos de trabalho, o prolongamento dos horários e mais situações de deficientes condições de trabalho.

Tudo isto, refere num comunicado, a par da crescente flexibilização e precarização do emprego, «aumentando significativamente riscos laborais, como o stress, a depressão ou a ansiedade, mas com mais predominância de lesões músculo-esqueléticas», que são o tipo de doença profissional com maior incidência no nosso país.

Apesar dos mais de 32 mil trabalhadores vítimas de lesões músculo-esqueléticas, a Fiequimetal defende que «não há mais argumentos» que possam justificar os atrasos na implementação das medidas e estratégias de prevenção e promoção da Segurança e Saúde no Trabalho que vão sendo formuladas. Neste sentido, realça que «é tempo» de as entidades patronais olharem para o investimento na prevenção e na protecção da segurança e saúde dos trabalhadores como uma «condição fundamental e absolutamente necessária» ao funcionamento das empresas.

Por outro lado, apela à definição urgente de uma política nacional de Segurança e Saúde no Trabalho que, além dos acidentes de trabalho, seja capaz de prevenir todos os riscos que sejam consequência do trabalho. Depois, acrescenta, «é necessário concretizá-la no terreno, dotando todas as estruturas e entidades competentes dos meios humanos e técnicos necessários».

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