A produção na DOMINÓ, empresa do sector da cerâmica com sede em Condeixa-a-Nova, distrito de Coimbra, e mais de 150 trabalhadores (incluindo algumas dezenas de precários) está a passo de caracol. Segundo o Sindicato das Indústrias de Cerâmica, Cimentos, Construção, Madeiras, Mármores e Similares da Região Centro (STCCMCS/CGTP-IN) mais de 60% dos funcionários aderiram à greve que se iniciou hoje.
A empresa de cerâmica de Condeixa-a-Nova, no distrito de Coimbra, deve salários desde Maio e os trabalhadores estão em luta para exigir o pagamento dos valores a que têm direito. Na passa terça-feira, 5 de Novembro, os trabalhadores da Keramos-Nazari estiveram em greve para reivindicar o «pagamento antecipado dos salários». Luís Almeida, dirigente do Sindicato das Indústrias de Cerâmica, Cimentos, Construção, Madeiras, Mármores e Similares da Região Centro (CGTP-IN), explicou à Lusa que, desde o mês de Maio, começaram a receber o salário com um mês de atraso. Acresce a esta denúncia o facto de, até à data, ainda terem recebido o salário referente ao mês de Outubro. O sindicalista avança que a situação não tem qualquer justificação, uma vez que a fábrica tem encomendas e exporta a totalidade da sua produção. Se até ao dia 15 de Novembro não forem pagos os salários de Outubro, os trabalhadores colocam a possibilidade de avançarem para uma greve durante todo o mês de Dezembro e de apresentarem uma carta de suspensão do contrato de trabalho. A fábrica produz peças de cerâmica artesanal pintada à mão, desde 2012. Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz. O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.Trabalho|
Trabalhadores da Keramos-Nazari em luta pelos salários em falta
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Os trabalhadores consideram que o empenho e a dedicação que, todos os dias, empregam na sua profissão «não encontram correspondência na atitude da administração relativamente à valorização dos salários», claramente insuficientes para fazer face ao brutal aumento do custo de vida, afirma o comunicado do STCCMCS, enviado ao AbrilAbril.
«O essencial desta luta tem em conta que os trabalhadores são todos tabelados pelo salário mínimo, com aumentos salariais de miséria», explicou Luís Almeida, coordenador do sindicato afecto à CGTP, em declarações à Agência Lusa.
A administração aplucou, este ano, «15 euros de aumento e umas migalhas no subsídio de alimentação, não tendo sido actualizado o subsídio de turno». O abuso em que consiste o recurso a salários de miséria por parte do patronato, incluindo na DOMINÓ, «começa a ser demais».
A segurança e manutenção de equipamentos e instalações durante o período de greve «serão assegurados pelos trabalhadores nos mesmos moldes em que o são nos períodos de interrupção de funcionamento ou de encerramento e que sempre se têm revelado suficientes», informa o sindicato, no pré-aviso de greve.
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