Milhares de trabalhadores da hotelaria estão a trabalhar sem gozar férias, fazem trabalho suplementar que não é pago, outros continuam em lay-off e com os seus salários reduzidos brutalmente, relata em comunicado a Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (Fesaht/CGTP-IN).
A estrutura sindical alerta ainda para as situações ilegais de trabalhadores a laborar 40 horas, apesar de a empresa indicar que estão em lay-off parcial. Por outro lado, o desemprego alastra no sector e as associações patronais e empresas «não querem ouvir falar em aumentos salariais», refere a Fesaht.
Lembrando os milhares de trabalhadores da restauração que estão a ser obrigados a trabalhar, mas que têm três ou quatro meses de salários em atraso, a federação denuncia que os mesmos vêem os seus direitos postos em causa, designadamente no que diz respeito aos horários, ao descanso semanal e às férias.
Nas indústrias alimentares, não obstante o aumento da produção e dos lucros durante o confinamento, o patronato também recusa a negociação da contratação colectiva e os aumentos salariais, sublinha.
Assim, a Fesaht decidiu realizar uma quinzena de luta a nível nacional, de 27 de Julho a 7 de Agosto, para lutar pela reposição de todos os direitos, por melhores salários e pela criação de um fundo especial, financiado pelo Orçamento do Estado, para assegurar o pagamento dos salários dos trabalhadores de empresas em dificuldades reais.
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