A iniciativa foi promovida pela Associação de Bolseiros de Investigação Científica (ABIC). João Ferreira, vice-presidente da associação, afirmou hoje à imprensa que, nas diversas interacções que a associação teve com a reitoria, foi notório «que não havia grande vontade» em aplicar uma alteração legislativa que visa a abertura de concursos para a contratação de investigadores, acrescentando «que havia até um sentimento negativo em relação a ela».
O dirigente da associação sublinhou que o reitor ficou «altamente preocupado com o facto de esta lei prever que as pessoas fiquem com um contrato de trabalho que pode ser a longo termo», acrescentando que os bolseiros recusam esta posição. «O reitor devia ser o primeiro a estar empenhado em aplicar a lei», quando, «ainda por cima, a Fundação para a Ciência e Tecnologia disponibiliza fundos para que a lei seja aplicada e paga os primeiros anos de contrato», sublinhou.
João Ferreira lembrou ainda que há bolseiros que andam há mais de uma dezena de anos na UC, que «dedicaram vida a isto, que se querem manter cá do ponto de vista profissional, mas que não lhes são dadas as condições para ter essa estabilidade». Acrescentou que estes profissionais exigem que a UC avance com os contratos até 31 de Dezembro deste ano, caso contrário não estaria a cumprir a lei.
Em causa está, explica um comunicado da ABIC, a norma transitória do decreto-lei do Emprego Científico, alterado em Agosto do ano passado, que prevê a vinculação dos «bolseiros doutorados (com doutoramento há mais de três anos) abrindo concursos para a contratação de investigadores», no prazo de um ano.
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