Começou esta quinta-feira, o primeiro dos dois dias de greve dos trabalhadores da Silopor, empresa responsável por armazenar 58% dos cereais consumidos em Portugal. A empresa, fundamental para a regulação dos preços nas indústrias de ração e panificação no país, está em processo de liquidação desde o ano 2000.
Mas a liquidação para fins de privatização não serve nem aos interesses nacionais, nem aos interesses dos trabalhadores da empresa que junto com o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN) convocaram uma paralisação de dois dias para exigir uma reunião com o primeiro-ministro e assim fazerem ouvir suas reivindicações.
Num comunicado, o CESP defende a manutenção da Silopor no sector empresarial do Estado com gestão pública e a recuperação do tempo de serviço congelado durante o período da troika como os motivadores para a greve. Mas há quem queira abafar o seu justo protesto, pois esta manhã, prestadores de serviço da limpeza faziam «a descarga dos camiões, substituindo os seus colegas em greve», avança a estrutura sindical.
«A empresa está a substituir trabalhadores em greve por trabalhadores de uma empresa prestadora de serviços», relata o sindicato que também afirma ter denunciado esta ilegalidade à Autoridade para as Condições do Trabalho. O direito à greve é assegurado constitucionalmente.
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui