O presidente da União de Freguesias, António Fonseca, eleito pelo movimento de Rui Moreira, justificou o atraso com a demora nas transferências de verbas da Câmara do Porto. Mas para a CDU, que denunciou o caso em primeira mão, a falta de liquidez da junta de freguesia «nunca poderá ser justificada de forma séria com alegados atrasos, verificados este ano, nas transferências vindas da Câmara Municipal do Porto».
Quanto mais não seja, refere num comunicado, «porque a data prevista para a efectivação das mesmas não é muito diferente da verificada em anos anteriores, já com António Fonseca como presidente da Junta de Freguesia».
A autarquia pagou apenas metade do salário de Fevereiro já no início deste mês. Acto que a CDU caracteriza de «inadmissível e politicamente condenável». «Já bastam os baixos salários, quanto mais o adiamento e/ou fraccionamento do seu pagamento», sublinha.
A coligação realça que, até ao final de 2017, e «que se saiba», «nunca faltou dinheiro na Junta de Freguesia para a realização de iniciativas com forte cariz promocional da figura do seu presidente». Como tal, admite que o pagamento fraccionado dos salários evidencia «dificuldades de tesouraria» numa das mais importantes juntas de freguesia da cidade, o que é «muito grave e configura um mau planeamento financeiro por parte do actual executivo de António Fonseca – Rui Moreira/CDS».
Esta terça-feira, António Fonseca garantiu ao Público que o problema ficaria resolvido esta semana mas que o quadro de pessoal iria ser revisto, assumindo que os custos com os trabalhadores prejudicavam o serviço a prestar à população.
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