Numa entrevista exclusiva à Prensa Latina, concedida esta quarta-feira na capital da Coreia do Norte, o representante do CMP expressou profundo respeito pela luta que o povo coreano travou contra as forças imperialistas no século passado e pela que mantém na actualidade.
Manifestou, para além disso, o seu apoio às acções de paz promovidas, a nível internacional, pelo líder norte-coreano, Kim Jong-un, com quem se solidarizou.
Elogiando as festas realizadas por ocasião das comemorações do 70.º aniversário da proclamação da República Popular Democrática da Coreia (RPDC), Tsavdaridis disse não acreditar que os EUA eliminem em breve as sanções económicas que impuseram a Pyongyang.
Mostrou-se, no entanto, confiante quanto a uma futura união do povo da Península da Coreia num só país, na medida em que «a sua divisão foi artificial e agora os povos querem estar juntos». «E, contra a vontade dos povos, as forças imperialistas são impotentes, como mostra a história universal», disse.
Acabar com o bloqueio a Cuba
Numa outra parte da entrevista, Iraklis Tsavdaridis solicitou «o apoio universal nas Nações Unidas e noutros espaços ao fim do bloqueio económico, comercial e financeiro imposto pelos Estados Unidos a Cuba há quase seis décadas», bem como à exigência do «desmantelamento, com a maior celeridade, da Base Naval de Guantánamo». «Essa terra pertence a Cuba e Washington está a ocupá-la ilegalmente», sublinhou.
Neste sentido, o secretário executivo do CMP criticou o presidente norte-americano, Donald Trump, por ter renovado esta segunda-feira, por mais um ano, a Lei de Comércio com o Inimigo, de 1917, em que assenta o «cruel» bloqueio imposto a Cuba por Washington.
Função «estratégica» da Prensa Latina
Em nome do Conselho Mundial da Paz, Tsavdaridis fez questão de saudar a Prensa Latina, agência fundada por Fidel Castro, Ernesto Che Guevara e pelo argentino Jorge Ricardo Masetti que, no próximo ano, completa 60 anos de existência.
Iraklis Tsavdaridis valorizou o papel da Agência Informativa Latino-americana, sublinhando que «desempenha uma função estratégica a nível internacional». Para além disso, é «respeitada e reconhecida pelos amantes de paz, por ser porta-voz da realidade dos povos e combater as falsas notícias [fake news] dos órgãos de comunicação social do imperialismo no mundo, apesar de os seus trabalhadores laborarem em condições difíceis», frisou.
Conselho Mundial da Paz, organização anti-imperialista
O CMP, fundado em 1949 e com sede em Atenas (Grécia) desde 2000, é uma organização internacional que denuncia as guerras imperialistas e a ocupação de países, e luta pela proibição de todas as armas de destruição massiva, bem como pelo fim das bases militares estrangeiras.
Outros objectivos destacados por Iraklis Tsavdaridis são a eliminação de todas as formas de colonialismo, neocolonialismo, racismo e sexismo, e a afirmação do respeito pelo direito dos povos à soberania e à independência.
Reconhecida pelas Nações Unidas, coopera de perto com organizações como o Movimento dos Países Não Alinhados ou a União Africana. Também trabalha com diversas agências e programas da ONU, lembrou Tsavdaridis.
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