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|Venezuela

Nicolás Maduro vence as eleições na Venezuela

Depois de conhecer os resultados das eleições deste domingo, o presidente reeleito, Nicolás Maduro, afirmou que a Venezuela está de pé e pronta para continuar a trilhar o seu destino no século XXI.

Nicolás Maduro com apoiantes em Caracas Créditos / PL

Num acto que congregou centenas de apoiantes no Palácio de Miraflores, sede do governo em Caracas, após a divulgação da vitória de Maduro nas eleições presidenciais, o presidente reeleito disse que este é o triunfo da esperança, da verdade e que aponta o caminho do comandante Hugo Chávez.

«Isso permitirá perseverar na construção de um país alternativo ao capitalismo selvagem e avançar em direcção ao nosso socialismo de raiz indo-americana», acrescentou, citado pela Prensa Latina.

Com este novo mandato que o povo venezuelano lhe atribuiu, Maduro prometeu levar por diante as mudanças e transformações de que o país precisa para avançar para um destino de paz, felicidade social e resgatar todos os direitos violados pela guerra económica.

«Triunfou a voz da paz e na Venezuela vai haver paz», afirmou, tendo advertido que não permitirá uma espiral de violência e pedido às pessoas que «não se deixem arrastar pela violência do fascismo».

Ao discursar, Nicolás Maduro destacou a robustez do sistema eleitoral venezuelano / TeleSur

O presidente, que foi reeleito pela maioria do povo venezuelano para o período 2025-2031, evocou as décadas de resistência às diversas operações de ingerência e desestabilização promovidas pelos EUA e a União Europeia (UE) contra o seu país, a que «dignidade do povo venezuelano» sempre fez frente.

Recordando igualmente que a Venezuela teve de fazer frente a sanções e bloqueios, ameaças, agressões, sublinhou que nem assim conseguiram derrotar o povo venezuelano e, em simultâneo, fez um a apelo ao diálogo e ao entendimento no país.

Tendência irreversível

O presidente reeleito denunciou um ataque massivo ao sistema de transmissão de dados do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), porque «os demónios não queriam que o boletim oficial fosse totalizado e publicado».

Ainda assim, já depois da meia-noite, o CNE informou que as eleições presidenciais tiveram uma participação de 59% e que, com 80% dos votos contabilizados, se registava uma «tendência forte e irreversível».

Elvis Amoroso, presidente do CNE, detalhou que Nicolás Maduro, do Gran Polo Patriótico, obtivera 51,2% dos votos, e que o acto eleitoral decorreu num «ambiente de paz», refere a TeleSur.

O segundo candidato mais votado foi Edmundo González, com 44,2% dos votos. Os restantes oito candidatos obtiveram no total 4,6% dos sufrágios registados, numa jornada eleitoral em que podiam votar 21 602 705 eleitores no país e outros 228 mil residentes no estrangeiro.

O processo eleitoral contou com amplo acompanhamento internacional, depois de o CNE ter convidado cerca de 700 pessoas a participar nessa missão.

Entre os observadores, contavam-se representantes de diversas instituições, como a Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), a Comunidade das Caraíbas (Caricom), a União Inter-americana de Organismos Eleitorais (Uniore), o Painel de Especialistas das Nações Unidas, a União Africana, o Centro Carter, o Conselho de Especialistas Eleitorais da América Latina e o Observatório do Pensamento Estratégico para a Integração Regional (Opeir), entre outras.

Extrema-direita não reconhece os resultados

Edmundo González, acompanhado por María Corina Machado, não reconheceu os resultados e a consequente vitória de Nicolás Maduro, seguindo aquilo que já tinha anunciado antes das próprias eleições.

Recorde-se que se trata da «ala radical» e que Corina Machado em 2019 defendeu abertamente a política de máxima pressão contra o seu país proposta em Washington e Miami, e no ano seguinte apoiou a intervenção militar norte-americana para acabar com a «usurpação» – forma como os da direita caprilesca e afins se referiam ao governo legítimo da Venezuela – pela força.

Nicolás Maduro já tinha alertado para estes planos da direita extrema e voltou a fazê-lo esta madrugada em Miraflores, afirmando que a direita «vai procurar criar um clima de violência».

Recentemente, sucederam-se as acções internas e externas que pretendem pôr em causa a legitimidade do processo eleitoral e o não reconhecimento do resultado eleitoral, tal como ocorreu em eleições anteriores na Venezuela.

Tudo isto se insere numa campanha mais ampla de assédio à Venezuela bolivariana, ao longo dos anos, com diversas tentativas de golpe de Estado, o boicote económico, operações de desestabilização e violência ou apropriação de activos nacionais no estrangeiro.

O país sul-americano foi alvo de campanhas de desinformação, de não reconhecimento e tentativa de deslegitimação de actos eleitorais, fabricação de «instituições» fantoche, de ingerência e ameaça de intervenção externa – promovidas pelos EUA e a extrema-direita golpista no país, com o apoio da UE e parte dos governos e forças políticas portuguesas.

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