Na cerimónia, que teve lugar esta segunda-feira, a Campanha Global pelo Retorno à Palestina distinguiu o advogado sul-africano Mandla Mandela, neto de Nelson Mandela; a médica cubana Aleida Guevara, filha do guerrilheiro argentino-cubano Ernesto Che Guevara; o tunisino Ghassan Ben Jeddou, director do canal libanês pan-árabe Al Mayadeen e o deputado espanhol Manu Pineda, membro do Parlamento Europeu.
Também mereceram a distinção o escritor indiano Tushar Gandhi, bisneto de Mahamata Gandhi; o jornalista desportivo argelino Hafeez Derradji; o músico bahreinita Hussain al-Akraf e o artista libanês Moeen Shreif.
De acordo com a Campanha Global pelo Retorno à Palestina, com o conceito de «Embaixador do Retorno» pretende-se aumentar a solidariedade com a Palestina e utilizar as oportunidades mundiais disponíveis para aumentar a consciencialização pública sobre os direitos do povo palestiniano e a sua justa causa, refere a Al Mayadeen.
O título de «Embaixador do Retorno» é atribuído a um grupo de figuras simbólicas internacionais que são conhecidas pelas posições de apoio à causa palestiniana, acrescenta.
Na ocasião, refere a Prensa Latina, o sul-africano dedicou a distinção às crianças palestinianas e homenageou «todos os mártires», em especial a jornalista Shireen Abu Akleh, assassinada o ano passado quando fazia a cobertura de um raide de tropas israelitas na cidade de Jenin, no Norte da Cisjordânia ocupada.
Mandla Mandela destacou «a resistência deste povo na luta pela sua dignidade e libertação contra o regime israelita há mais de sete décadas».
Denunciou ainda «as atrocidades e os crimes» perpetrados contra os prisioneiros nas cadeias da ocupação e lembrou como o seu avô disse que não haverá justiça no mundo sem se pôr fim à ocupação da Palestina.
Em declarações à agência cubana, Manu Pineda reafirmou o seu empenho na «luta contra a entidade israelita, a sua ideologia supremacista e fascista».
«Por uma Palestina livre», defendeu o deputado espanhol ao denunciar o silêncio do mundo, instando-o a mudar de posição e a apoiar as vítimas face à impunidade sionista.
Por seu lado, Aleida Guevara expressou «orgulho e responsabilidade» por receber esta distinção, e, nas suas primeiras palavras, evocou o seu pai, através de quem conheceu o mundo árabe e a causa palestiniana.
A médica internacionalista cubana disse que levará a distinção como voz de todas as mulheres palestinianas, que «tantos heróis e mártires deram à causa».
O encontro decorreu ao longo de três dias, e incluiu visitas a casas de refugiados palestinianos e debates, em que participaram figuras de 24 países, com o propósito de reforçar a solidariedade com a Palestina e de «solidificar a causa do povo palestiniano na arena internacional, em vários campos e regiões».
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