|Escócia

Trabalhadores dos resíduos urbanos preparam-se para a greve na Escócia

O sindicato Unite anunciou que os trabalhadores da recolha de resíduos e limpeza urbana vão fazer oito dias de greve, este mês, em 18 concelhos escoceses, se não houver uma «proposta salarial credível».

Lixo acumulado nas ruas de Edimburgo durante uma greve dos trabalhadores da limpeza urbana e recolha de lixo, em Agosto de 2022 Créditos / Morning Star

Numa nota divulgada no seu portal, o Unite confirmou, esta quarta-feira, que os trabalhadores do sector a nível local decidiram avançar para a greve, entre as 5h de dia 14 e as 4h59 de dia 22 de Agosto.

A estrutura sindical sublinhou que a acção de luta irá envolver milhares de trabalhadores da recolha de resíduos, da limpeza urbana e dos centros de reciclagem em 18 dos 32 concelhos da Escócia, incluindo as cidades de Glasgow, Edimburgo, Dundee e Aberdeen.

«Milhares de trabalhadores filiados no Unite irão fazer greve, a não ser que apareça em cima da mesa uma proposta salarial credível», afirmou a secretária-geral do Unite, Sharon Graham.

Acrescentou que estes trabalhadores «esperaram meses por uma proposta que reflicta o seu profissionalismo e a dedicação que colocam na prestação de serviços locais vitais».

A actual proposta salarial avançada pela Convenção das Autoridades Locais Escocesas (Convention of Scottish Local Authorities; Cosla) implica um aumento de 3,2% para o período entre 1 de Abril de 2024 e 31 de Março de 2025, refere o sindicato, sublinhando que «subvaloriza de forma grosseira» os trabalhadores municipais escoceses.

A estrutura sindical faz questão de vincar a disponibilidade para o diálogo e a negociação, bem como para evitar a greve, mas frisando que tem de aparecer uma proposta aceitável «no imediato» e que a greve não será suspensa até que tal ocorra.

Em declarações à imprensa, o dirigente sindical Graham McNab reafirmou essa disponibilidade, deixando claro que «a greve não é inevitável», mas que, para a evitar, os trabalhadores têm de ver «uma mudança significativa nos próximos dias».

De outro modo, avançam com a acção de luta, «para garantir a proposta salarial que merecem», disse.

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