|Venezuela

Venezuelanos apresentaram mais de 36 mil queixas por especulação de preços

O responsável pela Defesa dos Direitos Socioeconómicos, William Contreras, disse que a instituição a que preside registou 36 587 queixas relativas a especulação de preços e açambarcamento de produtos.

As autoridades venezuelanas prenderam responsáveis em várias cadeias comerciais na sequência de acções de fiscalização contra a especulação de preços
Créditos / Correo del Orinoco

Entrevistado num canal de TV venezuelano, Contreras explicou que, actualmente, já no contexto da implementação da reconversão monetária, iniciada a 20 de Agosto, como parte do Plano de Recuperação Económica, os funcionários da Superintendencia Nacional para la Defensa de los Derechos Socioeconómicos (Sundde) estão a lidar com 2689 processos de fiscalização em todo o país.

O responsável venezuelano confirmou que as denúncias foram verificadas, tendo revelado, nesse sentido, que as autoridades têm orientações, a nível nacional e local, para se manter em alerta e fiscalizar as acções de especulação «ao lado do povo».

Entre as acções de fiscalização mais recentes, precisou, estão as realizadas em farmácias, supermercados e centros comerciais. Em El Valle, na região de Caracas, foi detida uma pessoa.


Por seu lado, o ministro do Interior, Néstor Reverol, informou ontem, via Twitter, que foram apreendidas oito toneladas de bens de primeira necessidade escondidas e amontoadas nos armazéns de um supermercado em La Trinidad, no estado de Miranda.

«Enquanto isso, as suas prateleiras estavam vazias», escreveu o ministro, acrescentando que «foram presos a gerente e o subgerente da sucursal, por crime de usura, açambarcamento e boicote ao povo».

De acordo com a AVN, tinham sido detidos recentemente o gerente e subgerente de outra filial da mesma cadeia de supermercados, em Caurimare, também no estado de Miranda, «por aumento especulativo dos preços em 200%».

Cabello exorta o povo a fazer frente aos especuladores

No seu conhecido programa de TV «Con el Mazo Dando», o presidente da Assembleia Nacional Constituinte da Venezuela, Diosdado Cabello, exortou o povo a fazer frente aos comerciantes especuladores, de modo a garantir que estes cumprem os preços estabelecidos para 25 produtos no acordo firmado entre o governo venezuelano e representantes de 35 empresas da agro-indústria.

O também primeiro vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) sublinhou ontem que a «mobilização popular é o antídoto perfeito contra quem pretender roubar as populações», indica a Prensa Latina.

Neste sentido, Cabello insistiu na necessidade de a população venezuelana denunciar os casos de especulação e garantiu que a lei será aplicada aos empresários e produtores que tentarem violar «o acordo de preços justos» aplicado a 25 bens de primeira necessidade.

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