Segundo o Grupo de Utentes dos Transportes Públicos do Grande Porto este foi o «primeiro passo em 2017 na denúncia dos diversos problemas que têm afectado a vida dos utilizadores da CP, STCP e Metro». Os utentes afirmaram junto à estação de metro da Trindade que «o serviço de transportes 'tá precário. Falha o autocarro, falha o metro, falha o horário».
Num comunicado, o grupo de utentes lembra que nos últimos anos, «fruto das opções políticas dos sucessivos governos, o serviço tem piorado drasticamente», com menos transportes, maiores tempos de espera e aumento dos preços.
Os utentes apresentam vários exemplos das consequências desta situação: a espera de 30 minutos na paragem pelo autocarro; andar sempre de pé e apertado; ou pagar mais por piores serviços de transporte, com menos linhas, menos autocarros, menos carruagens de metro e de comboio.
Os manifestantes denunciam ainda os aumentos de preços, que foram noticiados como sendo de 1,5%, mas que em alguns casos chegam aos 5%. Lembram que os aumentos são superiores à inflação prevista e que «há que ter em conta que a maior parte dos trabalhadores não tem aumentos há muitos anos e há cada vez mais a ganhar o salário mínimo nacional».
Em declarações à imprensa, Maria João Antunes, representante do Grupo de Utentes dos Transportes Públicos do Grande Porto, afirmou que é «urgente» haver um maior investimento neste sector que, actualmente, atravessa um «decréscimo de condições e qualidade».
Maria João Antunes informou que «com regularidade» são recebidas queixas dos utentes relacionadas com a falta de manutenção dos autocarros, o tempo de espera, a supressão de linhas e o aumento dos preços.
Foi também transmitida preocupação quanto à entrega da gestão da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto (STCP) a seis municípios da Área Metropolitana do Porto (AMP). «Tenho dificuldades em perceber como é que algumas autarquias que estão endividadas vão investir e recuperar serviços que foram cortados», questionou a representante dos utentes.
O grupo de utentes informou que em Fevereiro vai realizar um debate aberto a toda a população para discutir estas questões.
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