A Caixa Geral de Depósitos (CGD) reduziu o quadro de pessoal em 400 trabalhadores durante o último ano. O banco fechou o semestre com lucros de 283 milhões de euros, mas continuará o processo de redução de custos, o que ditará a saída de mais 240 quadros até ao final de 2019.
No final de Junho, o banco público tinha um total de 7503 trabalhadores em Portugal, menos 172 desde o início do ano e menos 400 face a Junho de 2018. O objectivo, explicou Paulo Macedo, é reduzir o pessoal em 571 pessoas ao longo deste ano, pelo que sairão ainda 240 até Dezembro.
O presidente executivo já tinha anunciado que o banco tinha 180 milhões de euros para pagar a saída de centenas de trabalhadores, em 2019 e 2020, que aceitassem sair através do programa de «rescisões por mútuo acordo» e pré-reformas.
No âmbito do processo de recapitalização aceite em 2016 pela Comissão Europeia, de quase 5000 milhões de euros (dos quais 2500 milhões de injecção directa do Estado), a CGD iniciou um processo de reestruturação que passava também pela saída de 2200 trabalhadores até 2020 (isto depois das centenas que já tinham saído nos anos anteriores).
Para cumprir os objectivos impostos por Bruxelas, a par do encerramento de agências, o banco iniciou, então, processos de saída por mútuo acordo, com pagamento de indemnizações, tendo saído 547 pessoas em 2017 e 646 trabalhadores em 2018.
Na apresentação das contas de 2018, ano em que encerrou 70 agências, Paulo Macedo revelou que a CGD teve lucros de 496 milhões de euros, acima dos 51,9 milhões de euros registados em 2017.
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