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Mais submissão: União Europeia obriga Portugal a cortar despesa em 2,8 mil milhões

As novas regras de Bruxelas, aprovadas por PS, PSD e CDS, obrigam à redução de 1% do PIB na dívida pública para países com um indicador acima de 90%, como Portugal. A submissão ao Euro materializa-se no impedimento do desenvolvimento nacional. 

A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, durante um debate no Parlamento Europeu sobre as consequências económicas e sociais da guerra na Ucrânia. Estrasburgo, França, 4 de Maio de 2022
CréditosJean-François Badias / AP

As novas regras orçamentais, vão ter impactos nefastos no desenvolvimento do país. Foi na passada semana que o Parlamento Europeu aprovou alterações às regras orçamentais, e não foram nada benéficas para países com uma forte dependência externa e com grande tendência para o endividamento. 

Na realidade, o que foi aprovado é só a confirmação de um projecto europeu assente na subjugação dos povos e da retirada de soberania aos Estados. Para países com uma dívida pública superior a 90% do PIB, é-lhes imposto um ritmo de redução de 1% do PIB. Portugal registou 99,1% no final de 2023 e, como tal, é obrigado a cortar despesa para alocar os recursos para a redução da dívida.

Ou seja, em vez de financiar as funções sociais do Estado num quadro de empobrecimento geral do povo, ou de canalizar o investimento para áreas que promovam um crescimento sustentado da economia, Portugal é então obrigado a reduzir a dívida, caso contrário sofrerá represálias. 

Feitas as contas, Portugal terá que cortar 2,8 mil milhões de euros anuais para reduzir a dívida pública, o equivalente à despesa com defesa ou mais 800 milhões de euros do que a justiça em 2024. 

Numa altura em que todos os Estados da União Europeia avançam para as eleições para o Parlamento Europeu, este «reajuste» coloca a nú os elevados constrangimentos a que diversos países estão sujeitos. 
 

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