As novas regras orçamentais, vão ter impactos nefastos no desenvolvimento do país. Foi na passada semana que o Parlamento Europeu aprovou alterações às regras orçamentais, e não foram nada benéficas para países com uma forte dependência externa e com grande tendência para o endividamento.
Na realidade, o que foi aprovado é só a confirmação de um projecto europeu assente na subjugação dos povos e da retirada de soberania aos Estados. Para países com uma dívida pública superior a 90% do PIB, é-lhes imposto um ritmo de redução de 1% do PIB. Portugal registou 99,1% no final de 2023 e, como tal, é obrigado a cortar despesa para alocar os recursos para a redução da dívida.
Ou seja, em vez de financiar as funções sociais do Estado num quadro de empobrecimento geral do povo, ou de canalizar o investimento para áreas que promovam um crescimento sustentado da economia, Portugal é então obrigado a reduzir a dívida, caso contrário sofrerá represálias.
Feitas as contas, Portugal terá que cortar 2,8 mil milhões de euros anuais para reduzir a dívida pública, o equivalente à despesa com defesa ou mais 800 milhões de euros do que a justiça em 2024.
Numa altura em que todos os Estados da União Europeia avançam para as eleições para o Parlamento Europeu, este «reajuste» coloca a nú os elevados constrangimentos a que diversos países estão sujeitos.
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