Segundo os dados divulgados pela Direção-Geral da Administração e Emprego Público (DGAEP), referentes ao número de efectivos na Administração Pública em 31 de Dezembro de 2021, os efectivos nas Forças Armadas voltam a diminuir, uma queda que se tem acentuado na última década com excepção do ano de 2020, em que o número de militares sobe ligeiramente para 26 220 contra os 25 558 de 2019, conforme o estudo divulgado pela Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA), um estudo que apresenta também dados comparativos com as forças e serviços de segurança.
O resultado em 2020 tem sobretudo a ver com o quadro pandémico que atravessámos e que levou os militares em «Regime de Contrato» a, por um lado, serem impedidos de sair das fileiras durante o largo tempo em que vigorou o estado de emergência e, por outro, a verem os seus contratos prorrogados durante esse ano e ao longo do primeiro semestre de 2021.
Uma situação que terá permitido ao Ministério da Defesa Nacional mascarar as dificuldades de recrutamento e de retenção das Forças Armadas, falando numa tendência de crescimento do número de efectivos em 2020, sem explicar a razão conjuntural que o determinou.
No entanto, no final de 2021, os efectivos militares reiniciaram a sua trajectória descendente, passando para 26 130, o que significa que na última década houve uma redução do efectivo das Forças Armadas superior a 24%. Recorde-se que o número de militares em 2011 era de 34 514, segundo os dados oficiais.
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