O muito tempo que as crianças portuguesas passam na escola é alvo do mais recente estudo da OCDE, «Education at a Glance 2019», citado pela TSF, onde se admite que o tempo a mais nas escolas portuguesas não esteja a ser usado «de forma tão eficiente como noutros países».
No total, as crianças do 1.º Ciclo do Ensino Básico passam 5460 horas em aulas, valor que compara com as 4258 horas da média da União Europeia. O estudo revela que também no segundo ciclo há uma grande diferença. Os alunos portugueses passam 8214 horas nas salas de aula, acima das 7260 da União Europeia.
A crueza das estatísticas revela um tempo em que, a par da falta de disponibilidade para brincar, designadamente na rua, e para estar com os amigos ou a família, as crianças vêem-se inseridas numa escola que se vem adaptando cada vez mais aos longos (e por vezes desregulados) horários dos pais, a quem também não sobeja tempo para viver com qualidade.
Outro aspecto a merecer destaque no estudo da OCDE é o envelhecimento «acelerado» dos professores portugueses, sendo já dos mais envelhecidos entre os países desenvolvidos. Os números ajudam a perceber o cenário: mais de 40% dos docentes nacionais têm mais de 50 anos, em comparação com os 22% verificados em 2005, e apenas 1% conta menos de 30 anos (em 2005 eram 16%).
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