Os votos, apresentados pelo PSD e pelo CDS-PP, caracterizam as detenções como arbitrárias e injustas – apesar de os crimes em causa estarem amplamente registados – e afirmam que «a detenção de portugueses e luso-descendentes é inaceitável», passando completamente ao lado da questão central: independentemente da nacionalidade, são ou não culpados?
A direita teve o apoio do PS e do PAN, e conseguiu ainda a abstenção do BE na votação. Telmo Correia (CDS-PP), que segundos depois votaria contra um voto de condenação pela expulsão por Israel de uma aldeia palestiniana nos territórios ocupados, classificou o «regime» como um dos «mais sanguinários do mundo».
Um outro voto, da iniciativa do PCP, foi chumbado com os votos contra do PSD, do PS e do CDS-PP, e a abstenção do BE. O líder parlamentar, João Oliveira, lembrou que os que estão ao lado de quem, na Venezuela, esconde bens essenciais e não respeita as leis do país alinham com a administração dos EUA e com o seu presidente, que ainda na quarta-feira ameaçou mais uma vez o país caribenho com uma intervenção militar.
No documento apresentado pelos comunistas, é ainda sublinhado que as práticas de que são acusados vários responsáveis de estabelecimentos comerciais venezuelanos, incluindo 12 portugueses e luso-descendentes, é lesiva para o povo venezuelano mas também para a comunidade portuguesa radicada naquele país.
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