A ANA - Aeroportos de Portugal confirmou que o tempo de espera no controlo de fronteira do aeroporto de Lisboa, nas chegadas de voos do espaço nāo-Schengen, atingiu esta manhã quase quatro horas, devido à greve dos trabalhadores do Serviço de Estrangeiros e de Fronteiras (SEF).
A mesma fonte declarou que a greve parcial no SEF, iniciada a 14 de Agosto, continua sem ter «impacto relevante nos restantes aeroportos».
O protesto dos trabalhadores do SEF tem como objectivo serem «considerados no processo de reestruturação» da entidade, como lembrou na semana passada o dirigente do Sindicato dos Inspectores de Investigação, Fiscalização e Fronteiras (SIIFF), Renato Mendonça.
O sindicalista precisou que a greve parcial decorre até ao final de Agosto e que para a mesma foi estabelecida uma estratégia que cause «um impacto menor ao fluxo de passageiros e ao normal funcionamento dos aeroportos».
No entanto, preveniu, se o Governo teimar em não chamar «as estruturas representativas dos trabalhadores e levá-las a participar» na negociação colectiva, como é de lei, os trabalhadores admitem «avançar para formas de luta mais duras e que causem outro tipo de impacto».
A greve abrange, de forma parcial, os funcionários que prestam serviço nos principais postos de fronteira do país.
Foi convocada pelo SIIFF face à ausência de resposta do Governo sobre o futuro dos inspectores, na sequência da aprovação da proposta de lei que prevê a dispersão de competências policiais do SEF pela PJ, PSP e GNR.
A paralisação não contou, no entanto, com a adesão do Sindicato da Carreira de Investigação e Fiscalização do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SCIF/SEF), que realizou uma greve acompanhada de manifestação em frente ao Parlamento no passado dia 9 de Julho, data em que a proposta governamental sobre o SEF começou a ser discutida pelos deputados.
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