Amanhã, os trabalhadores da Transtejo iniciam um ciclo de greves, de três horas por turno de serviço, que durará até à próxima sexta-feira, revela um comunicado da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN).
Já os trabalhadores da Soflusa iniciam na terça-feira um ciclo de quatro dias de greve, com paralisação durante todo o período de trabalho. Estas greves tinham sido anunciadas em Junho, após plenários dos trabalhadores da Transtejo e da Soflusa, mas ainda sem data definida.
Assim, vão registar-se interrupções na carreira fluvial do Barreiro para o Terreiro do Paço (Lisboa) entre amanhã e 23 de julho, sendo o último barco às 22h25 e o primeiro às 00h05 do dia seguinte. O mesmo se verifica na carreira fluvial do Terreiro do Paço para o Barreiro, sendo o último barco às 22h50 e o primeiro às 00h30 do dia seguinte.
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Há trabalhadores da Transtejo com horários de 16 horas diárias
Segundo a Fectrans, os trabalhadores exigem o aumento dos salários e medidas que combatam a degradação do serviço público, devido à falta de trabalhadores e ao envelhecimento da frota.
Actualmente, adianta a estrutura sindical, a Transtejo já tem navios novos (do concurso de navios eléctricos), mas por falta de baterias os mesmos estão imobilizados. Por outro lado, devido à falta de trabalhadores «há recurso a imensas horas extraordinárias, havendo trabalhadores com horários de 16 horas por dia».
«São os trabalhadores que, com o seu empenho, procuram garantir um serviço público de qualidade, com a falta de meios que existe, mas têm como contrapartida, pelo reconhecimento do seu esforço, uma proposta de actualização salarial de 0,9%», denuncia a estrutura sindical.
A Transtejo e a Soflusa têm a mesma administração e ambas asseguram as ligações fluviais entre Lisboa e a a Margem Sul do Tejo.
A Transtejo é responsável pela ligação do Seixal, Montijo, Cacilhas e Trafaria/Porto Brandão, no distrito de Setúbal, a Lisboa, enquanto a Soflusa faz a travessia entre o Barreiro, também no distrito de Setúbal, e o Terreiro do Paço, em Lisboa.
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