|América Latina

«Momento histórico»: assim definiu Lula o encontro com Maduro

Depois de oito anos sem visitar o Brasil, Nicolás Maduro chegou no domingo ao gigante sul-americano, para uma visita oficial que marcou o restabelecimento de relações diplomáticas.

Créditos / @Mision_Verdad

O presidente brasileiro, Lula da Silva, recebeu esta segunda-feira, em Brasília, o seu homólogo venezuelano, Nicolás Maduro. Ambos se reuniram de forma privada e, depois, com ministros dos governos de ambos os países, no contexto da primeira visita de um presidente venezuelano ao Brasil desde 2015.

Após a celebração da reunião, Lula da Silva classificou o encontro como «momento histórico», tendo afirmado que os dois países procuram uma «integração plena» em diversas áreas, refere o Brasil de Fato.

«Eu espero que a relação entre Brasil e Venezuela não seja apenas uma relação comercial, ela pode ser política, cultural, económica, de ciência e tecnologia, entre as nossas juventudes, entre as nossas universidades, entre nossas Forças Armadas, trabalhando juntas na fronteira para combater o narcotráfico em toda a fronteira», afirmou o chefe de Estado brasileiro.

Lula aproveitou a ocasião para criticar o bloqueio imposto pelos EUA à Venezuela, tendo sublinhado que é inexplicável que «um país tenha 900 sanções só porque um outro país não gosta dele».

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Impedidos de votar na Venezuela pelo Itamaraty, brasileiros celebram resultado

Por decisão do Ministério brasileiro dos Negócios Estrangeiros, as urnas destinadas aos eleitores na Venezuela foram enviadas para a embaixada em Bogotá. Os brasileiros em Caracas mobilizaram-se.

Brasileiros reuniram-se no centro de Caracas para acompanhar o apuramento dos resultados 
CréditosLucas Estanislau / Brasil de Fato

Sem sedes diplomáticas na Venezuela desde 2020 – ano em que o governo do presidente Jair Bolsonaro decretou o encerramento dos consulados e da embaixada no país vizinho –, aos mais de 1300 eleitores brasileiros que ali residem só restava a opção de viajar cerca de 1500 quilómetros (por conta própria) e votar em Bogotá, capital da Colômbia.

Isto, porque o Itamaraty – sede da diplomacia brasileira – não os libertou da obrigação eleitoral. Segundo apurou o Brasil de Fato, esta decisão divergiu da posição do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF), o órgão responsável por organizar as eleições no estrangeiro, que iria dispensar os brasileiros da votação no país caribenho por ausência de locais apropriados para receber os eleitores e as urnas.

Simone Magalhães, brasileira que vive em Caracas e é coordenadora da brigada do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) no país, disse que a impossibilidade de votar na Venezuela fez com que ela e outros brasileiros se sentissem impedidos de exercer a sua cidadania e manifestar as suas vontades políticas através da escolha de um dos candidatos presidenciais.

«É uma consequência nefasta da atual política externa brasileira e de uma crise que foi instalada desde o golpe contra Dilma [Rousseff], que esse governo atual estendeu. Para nós, não poder votar aqui é uma violência e eu atribuo essa violência ao governo atual», afirmou em declarações ao Brasil de Fato.

Impedidos mas não desmobilizados

O facto de não poderem votar na Venezuela não impossibilitou os brasileiros de se mobilizarem nesta primeira volta das eleições presidenciais. Cerca de 100 pessoas, entre estudantes, trabalhadores e membros de movimentos populares, reuniram-se no domingo passado no Bairro de San Agustín, no centro de Caracas, para acompanhar o apuramento dos resultados e manifestar-se politicamente.

Com música, dança, palavras de ordem e debates, a comunidade brasileira ali reunida celebrou a votação no Brasil e disse que vai permanecer mobilizada até dia 30 de outubro, quando Lula da Silva e Jair Bolsonaro vão disputar a a segunda volta das presidenciais.

Em declarações ao Brasil de Fato, Simone Magalhães disse que, mesmo sem poder votar, os cidadãos em território venezuelano podem participar no debate político e expressar os seus posicionamentos, mobilizando-se.

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Brigadas do MST levam solidariedade para fora do Brasil

As acções solidárias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ajudam a evitar o desabastecimento das populações vulneráveis no Brasil. Na América Latina, chegam também à Venezuela e ao Haiti.

Militância do MST trabalha no Haiti desde 2009
Créditos / Brigada Internacionalista Dessalines

Em tempos de pandemia, o MST montou uma campanha nacional para «combater as desigualdades do sistema capitalista» e «reduzir o impacto da crise económica que se acentua» no Brasil. Só em Abril, doou 500 toneladas de alimentos. Desde o início da crise sanitária, partiram mais de 1200 toneladas dos acampamentos e assentamentos com destino às camadas mais desfavorecidas.

Fora do Brasil, o MST tem brigadas internacionalistas a trabalhar noutros países latino-americanos – Haiti e Venezuela –, onde também ajudam a impedir o desabastecimento das populações no contexto do actual surto epidémico, mas cuja acção internacionalista e solidária teve início muito antes da Covid-19. Fora da América, a Brigada Internacionalista Samora Machel trabalha na Zâmbia, em África.

Brigada Dessalines no Haiti

A Brigada Internacionalista da Via Campesina Brasil no Haiti recebeu o nome de Jean-Jacques Dessalines, uma das figuras destacadas da luta que levou à independência do país caribenho, em 1804. Os trabalhos da Brigada tiveram início em Janeiro de 2009 e intensificaram-se no ano seguinte, após um terremoto que vitimou entre 200 e 300 mil pessoas, e deixou mais de um milhão de desalojados na capital do país, Porto Príncipe.

Pela brigada Dessalines passaram membros de vários movimentos brasileiros, incluindo o MST, que enviou para o Haiti alimentos produzidos no Brasil, ajudou a implantar sistemas de captação de água e construiu um centro nacional de agroecologia. A brigada também passou a coordenar um banco de sementes de arroz, milho e feijão, indica o Brasil de Fato.

No entender de Paulo Henrique, militante do MST e membro da brigada, o presidente Jovenel Moïse, eleito em 2016, «aprofundou a instabilidade política e a crise económica, piorando as condições de vida da população e provocando reacções populares em todo o país».

«É um governo que aplica a política neoliberal, com uma economia cada vez mais dependente do imperialismo dos Estados Unidos, e que nesse cenário de pandemia não está a fazer nada para proteger a população. Ou seja, é um Estado totalmente ausente da vida do povo haitiano», denuncia.

O militante do MST explica ainda que «o coronavírus se soma a um contexto de crises históricas, estruturais, e intensifica uma crise sanitária que já era grave desde os tempos da cólera».

A brigada trabalha em diversas frentes. Uma delas é a produção de alimentos em parceria com o Tet Kole ti Peyizan Ayisyen, movimento camponês que visa construir a soberania alimentar no Haiti. Também estimula o reflorestamento entre os camponeses, ajuda a distribuir máscaras à população e, numa outra frente de intervenção, leva a efeito articulações políticas com movimentos populares que se organizam para lutar contra a governação de Moïse.

Apoiar a Revolução Bolivariana

Na Venezuela, o trabalho do MST começou há 15 anos. A primeira tarefa era prestar apoio à Revolução Bolivariana ao nível da formação política e do cultivo de alimentos saudáveis.

A brigada internacionalista tem o nome de Apolônio de Carvalho, militante comunista brasileiro, falecido em 2005, que integrou as Brigadas Internacionais em Espanha, em 1937, e foi reconhecido em França como herói da Resistência na Segunda Guerra Mundial.

No contexto da guerra económica promovida pelos EUA contra o país sul-americano – que se agravou, inclusive, em tempos de pandemia –, o trabalho dos membros do MST passa por tentar garantir a soberania alimentar e evitar o desabastecimento das populações.

Em parceria com o Estado venezuelano e com a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), a brigada promove a produção de sementes crioulas e agroecológicas no país caribenho. A saúde alimentar continua a ser a prioridade, até porque, na Venezuela, a situação relacionada com o novo coronavírus permanece sob controlo, muito melhor do que a de países vizinhos.

Rafael Quiroga, técnico agrícola e militante do MST, trabalha nos municípios Andrés Bello e Campo Elías, no estado de Mérida. «O nosso trabalho aqui visa compartilhar conhecimentos e experiências em agroecologia para produção de sementes, hortaliças e grãos. Assessoramos as famílias na produção de sementes, extracção, limpeza, secagem e armazenamento», diz ao Brasil de Fato.

«Temos o sonho de ajudar a construir uma cooperativa semelhante à Bionatur, com a cara venezuelana. Temos aprendido muito das experiências de luta, resistência e organização do povo venezuelano», acrescenta Quiroga.

Por seu lado, a agrónoma Patricia Balbinotti trabalha na comuna El Maizal, no estado de Lara, e defende que o estímulo à produção de alimentos saudáveis é uma tarefa central na actual conjuntura venezuelana. «Estamos a tentar fazer um processo de transição agroecológica, recuperando o solo com a utilização de adubo orgânico», conta a militante, que também dá formação em agroecologia às famílias camponesas que vivem na comunidade.

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«Nós estamos aqui emanando nossas energias porque sabemos que a luta que a sociedade brasileira está fazendo hoje é para restabelecer a democracia em nosso país. Então, mesmo não tendo o direito de votar garantido, nós estamos com o nosso povo organizado, o povo brasileiro, o povo sem terra, reconhecendo que nessas eleições a democracia precisa ser restabelecida, estamos conscientes e trabalhando intensamente para isso», disse.

Simone destacou ainda a união dos brasileiros que vivem na Venezuela e prometeu novas mobilizações para a segunda volta, afirmando que espera que o próximo governo brasileiro retome as relações com o país vizinho.

Por seu lado, Tiago Coelho, estudante de Medicina da Escola Latino-Americana de Medicina Dr. Salvador Allende, disse que ficou muito feliz ao saber do encontro para acompanhar o apuramento dos resultados e fez questão de revelar em quem teria votado caso tivesse a oportunidade.

«É de uma importância imensa a gente conseguir reunir esse núcleo para poder comemorar esse momento. Eu falo comemorar porque a gente já viu que o povo brasileiro quer o Lula, quer democracia e liberdade de expressão, então a gente poder se reunir aqui para compartilhar esse momento é de extrema importância», frisou.

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«Eu sempre acho que um bloqueio é pior do que uma guerra. Porque uma guerra mata soldados, mas um bloqueio mata crianças, mata pessoas que não têm nada a ver com que está em jogo», afirmou.

Nicolás Maduro também dirigiu críticas à política externa dos EUA, nomeadamente em relação à Venezuela, e disse que «o mundo que está a nascer não deve estar marcado por sanções e pela pressão do dólar».

«Deve ser um mundo marcado pela liberdade. Eles não falam de liberdade? Onde está a liberdade financeira e monetária quando um país é proibido de fazer transações financeiras no mundo? Quando impedem que barcos que carregam insumos cheguem à Venezuela?», questionou.

Economia, energia, BRICS e dólar

Os presidentes dos países vizinhos também se referiram à reactivação de acordos económicos e energéticos. Maduro afirmou que a Venezuela está pronta para retomar o fornecimento de energia eléctrica a Roraima, o único estado brasileiro que não está ligado ao sistema nacional de energia.

Ao abordar a crise económica no país – muito afectado pelas sanções impostas por Washington contra a sua indústria petrolífera –, o presidente venezuelano referiu-se ao sector privado do Brasil. «Estamos preparados para retomar as relações virtuosas com os investidores e empresários brasileiros. A Venezuela está de portas abertas, com todas as garantias, para que voltemos aos tempos de investimentos brasileiros», disse, citado pelo Brasil de Fato.

Nicolás Maduro visitou o Brasil após anos de distanciamento diplomático / Planalto / Brasil de Fato

Por seu lado, Lula da Silva defendeu a integração económica e, nesse contexto, aproveitou para criticar o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, a quem responsabilizou pela diminuição das trocas comerciais entre os dois países.

«Isso é ruim para a Venezuela e é ruim para o Brasil, porque o comércio extraordinário é aquele que funciona em via de duas mãos», disse Lula.

Questionados sobre a possibilidade da entrada da Venezuela no grupo dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), ambos afirmaram que o assunto não foi tratado na reunião, mas Maduro manifestou a intenção do seu país de solicitar a entrada no grupo, que classificou como um «elemento avançado» na construção daquilo a que chamou «mundo novo, multipolar».

Por seu lado, Lula disse que, pessoalmente, é favorável à integração da Venezuela. «Será a primeira reunião oficial dos BRICS [em] que eu vou participar depois de oito anos e existem várias propostas de outros países que querem entrar. Nós vamos discutir, porque não depende só da vontade do Brasil; então, se houver um pedido oficial, nós vamos discutir. Se você perguntar a minha vontade, eu digo: eu sou favorável», afirmou.

Ao referir-se às dificuldades de obtenção de divisas por parte da Venezuela, Lula da Silva culpou o bloqueio dos EUA e disse ainda que sonha com a criação de «uma moeda entre nossos países, para que a gente não dependa do dólar».

«Só um país tem a máquina de fazer dólar e esse país faz o que quiser com o dólar. Não é possível que a gente não tenha mais liberdade. Eu sonho que os BRICS possam ter uma moeda, como o Euro na União Europeia», disse.

Acabar com a «narrativa» anti-Venezuela

O presidente brasileiro disse ainda que caberia aos venezuelanos construírem uma «outra narrativa» para enfrentar aquilo a que chamou «preconceito» contra o país vizinho, e, dirigindo-se a Maduro, disse: «Eu vou a lugares [em] que as pessoas nem sabem onde fica a Venezuela, mas sabem que lá tem um "problema de democracia".»

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Protesto frente ao Banco de Inglaterra por reter o ouro venezuelano

Dezenas de pessoas exigiram, em Londres, que o Banco de Inglaterra devolva à Venezuela o ouro retido nas suas instalações, com o pretexto de que o Reino Unido não reconhece o governo de Nicolás Maduro.

Em Londres, exigiu-se a devolução à Venezuela do ouro retido
Créditos / news-front.info

A mobilização, convocada no âmbito da campanha «Viva Venezuela!», do Revolutionary Communist Group (RCG; Grupo Revolucionário Comunista), decorreu este sábado frente à sede da instituição bancária na City londrina, por entre palavras de ordem como «Viva Venezuela», «Viva Maduro» e «Hands off Venezuela».

Ao intervirem na acção de protesto, diversos oradores acusaram o Banco de Inglaterra de violar a soberania do país sul-americano e de atentar contra o direito internacional, revelou o RCG num comunicado a que a agência Prensa Latina teve acesso.

Denunciaram igualmente a «hipocrisia» e o «comportamento antidemocrático» patenteados pela «classe dominante britânica», bem como a «cumplicidade» dos órgãos de comunicação dominantes, tendo ainda sublinhado as conquistas da Revolução Bolivariana.

O Banco Central da Venezuela (BCV) instarou um processo contra o Banco de Inglaterra pelo facto de esta entidade se recusar a entregar-lhe o ouro venezuelano ali depositado, num valor estimado superior a 1200 milhões de dólares e de que o país sul-americano necessita para financiar a luta contra a Covid-19.

No entanto, no dia 2 de Julho deste ano, o Tribunal Superior de Londres decidiu contra o BCV, tendo o juiz Nigel Teare alegado que as reservas de ouro deviam ser entregues à junta designada por Juan Guaidó, deputado da oposição de extrema-direita, golpista e autoproclamado presidente da Venezuela a mando de Washington reconhecido pelo governo britânico em 2019.

Os advogados do BCV, que apelaram da sentença, argumentam que Londres jamais rompeu as relações diplomáticas com o governo do presidente legítimo e constitucional venezuelano, Nicolás Maduro, e que ambos os países mantêm as seus respectivos embaixadores acreditados em Londres e Caracas.

O julgamento do recurso da sentença de Teare ficou marcado para finais de Setembro próximo, para ver se se põe fim ao «acto de pirataria que atenta contra o direito à saúde e à vida do povo venezuelano» – palavras com que o que o Ministério venezuelano dos Negócios Estrangeiros denunciou a decisão judicial de Julho último.

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«Nossos adversários vão ter que pedir desculpas pelo estrago que fizeram na Venezuela», frisou.

Lula disse ainda que conversou com representantes de outros países sobre a possibilidade do fim do bloqueio e criticou o ex-deputado Juan Guaidó, afirmando que achava «a coisa mais absurda do mundo, para pessoas que defendem a democracia, negarem que você [Maduro] era presidente da Venezuela, tendo sido eleito pelo povo, e um cidadão que foi eleito deputado, ser reconhecido como presidente».

O chefe de Estado brasileiro advogou ainda a libertação das reservas de ouro que pertencem ao Estado venezuelano e que estão retidas no Banco de Inglaterra.

Reunião de chefes de Estado da América do Sul

Nicolás Maduro também se encontra no país vizinho para participar no encontro de líderes sul-americanos convocado pelo Brasil, que hoje tem lugar na sede do Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Brasília.

Um comunicado do Ministério indica que a cimeira desta terça-feira irá promover um diálogo franco entre todos os líderes para identificar denominadores comuns, discutir perspectivas para a região e reactivar a agenda da cooperação.

Nela também figuram temas como a luta contra o crime organizado, projectos de infra-estrutura e ambiente.

Participam no encontro os presidentes de Argentina, Bolívia, Brasil, Colômbia, Chile, Equador, Guiana, Paraguai, Uruguai, Suriname e Venezuela. A presidente golpista do Peru, Dina Boluarte, não estará presente, por impedimentos legais internos, mas o país far-se-á representar.

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