A decisão de realizar a greve foi tomada em plenário no passado dia 23 de Maio depois da direção da fábrica e a administração da Faurécia ignorarem as justas reivindicações dos trabalhadores. Um dos principais pontos do Caderno Reivindicativo apresentado pela Comissão Sindical do SITE Norte era a exigência de um aumento salarial justo e a valorização das carreiras profissionais.
Segundo o comunicado da Fiequimetal é importante ressaltar que, embora a empresa tenha registrado lucros líquidos no valor de 47 milhões de euros entre 2019 e 2021, a grande maioria dos trabalhadores ainda recebe o salário mínimo. A Faurécia de Bragança é a empresa do Grupo Faurecia em Portugal que obteve os melhores resultados, mas os seus trabalhadores são os mais mal remunerados.
Diante das justas reivindicações dos trabalhadores, a resposta da direção da Faurécia mais uma vez foi atacar a luta, tentando dissuadir os trabalhadores de aderir à greve com a passagem de uma mensagem nos televisores internos do local de trabalho que insinuava que aqueles que participassem na greve estariam a colocar em risco o bem-estar das suas famílias e colocavam em risco os seus empregos. O SITE Norte, sindicato que representa os trabalhadores, informou a ACT sobre essa situação, exigindo sua intervenção para garantir os direitos dos trabalhadores.
A greve em andamento na Faurécia reflete a determinação dos trabalhadores em buscar um aumento salarial justo. Considerando os lucros expressivos da empresa e a disparidade salarial existente, espera-se que as reivindicações sejam ouvidas e atendidas, visando alcançar uma maior justiça social dentro da empresa e melhores condições de vida para todos os trabalhadores envolvidos.
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