|Assembleia da República

Fim do impasse institucional evitável que nunca teve em conta problemas do país

Após golpes de teatro, do barulho das luzes, do “diz que disse”, dos acordos de bastidores e do mero tacticismo inócuo, a Assembleia da República já tem Presidente. No meio disto tudo, os problemas do país persistem e a direita brinca com quem sofre.

Créditos / Agência Lusa

Foi à quarta tentativa, mas José Pedro Aguiar Branco foi eleito presidente da Assembleia da República e, como tal, segunda figura de Estado. A sua eleição foi inédita, pela impasse institucional sem precedentes, num processo que, por norma, obedece a uma praxe parlamentar. 

O eleito pelo PSD foi eleito presidente da Assembleia da República com 160 votos a favor, 18 brancos e zero nulos em 228 votos. Supõe-se que o entendimento que o PSD e o PS alcançaram determine que Aguiar Branco fique apenas duas sessões legislativas, sendo depois rendido por um nome indicado pelo PS para outras duas sessões. 

Vários são os elementos que poderão ser alvo de análise, mas os mais determinantes são o facto da eleição preceder de um entendimento entre PS e PSD, da direita nunca se ter interessado pelos problemas do país e alguns dos protagonistas terem procurado a política-espetáculo.

Num processo atípico, fica marcada também a conduta exemplar e ímpar de António Filipe, deputado do PCP, que foi escolhido para dirigir os trabalhos cuja dificuldade ninguém antecipava, mostrando assim a seriedade institucional dos comunistas. 

Na primeira intervenção após eleição, num discurso normal dado o momento, Aguiar Branco apelou a consensos e à seriedade nos futuros trabalhos. 
 

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