Segundo a Associação Nacional de Sargentos (ANS), teve lugar esta quarta-feira no Clube do Sargento da Armada, no Feijó, uma «reunião de sargentos que contou com mais de uma centena de presenças, maioritariamente militares da Marinha». Do comunicado da ANS, constata-se que, «das intervenções feitas e das situações expostas ressaltou que os sargentos da Marinha não podem aceitar a sua desvalorização funcional em consequência do despacho do Chefe do Estado-Maior da Armada que, em síntese, obriga segundos-sargentos a exercer funções previamente atribuídas, e bem desempenhadas ao longo dos anos por militares da categoria de Praças».
Da referida reunião resultou a «necessidade da revogação do referido Despacho» e a exigência da tomada das «medidas necessárias para fomentar o recrutamento e a retenção e, assim, resolver os graves problemas de falta de pessoal que se verificam nos três ramos das Forças Armadas».
A ANS critica o despacho do Chefe do Estado-Maior da Armada, de 20 de Março, que altera, «a título experimental, as lotações dos navios, durante um período mínimo de três meses», alterações que «incidem sobre diversos cargos que eram ocupados por militares dos postos de Cabos e Primeiros-marinheiros que, com esta alteração, vão passar a ser preenchidos por militares com o posto de Segundo-sargento». Uma alteração que a Associação considera ter sido feita ao arrepio do Estatuto dos Militares das Forças Armadas (EMFAR), «sob o falso pretexto de um suposto desenvolvimento tecnológico dos meios navais que, na realidade, não se consegue vislumbrar».
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