A discussão sobre o novo aeroporto é quase tão antiga como o início da aeronáutica em Portugal. É, pelo menos, desde a criação do aeroporto da Portela que, logo ao início, seria apenas temporário, mas foi-se perpetuando no tempo.
Entre avanços e recuos, eis que hoje, após a reunião do Conselho de Ministros, Luís Montenegro anunciou que o novo aeroporto será em Alcochete. Desta forma, o Governo dá seguimento à conclusão da Comissão Técnica Independente, mas também do PCP, o partido que há mais tempo defendia esta solução.
Resta agora saber qual o andamento que o Governo da AD dará a esta questão, já que importa apurar qual o papel da Vinci em todo o processo, se a mesma investirá na obra ou se esta lhe será apenas entregue pelo Estado; os possíveis entraves da Comissão Europeia mediante a necessidade de salvaguarda dos interesses privados; e o futuro do hub da TAP, elemento central para o futuro do projecto, mas que não está salvaguardado com a privatização da companhia aérea.
O novo aeroporto, a localizar-se em Alcochete e sendo único, terá obrigatoriamente que ser acompanhado de toda uma nova política de infraestruturas que reforce a coesão territorial, mas também a capacidade de resposta que sustente a opção. À cabeça torna-se assim prioritária a construção de uma terceira travessia sobre o Tejo, bem como a necessidade de complementariedade com a Ligação Ferroviária de Alta Velocidade, tendo o primeiro-ministro mandatado a Infrastruturas de Portugal para o efeito.
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