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Porta a Porta exige descida «estrutural e imediata» das taxas de juro

No dia em que se anuncia um corte tímido das taxas de juro por parte do BCE, o movimento Porta a Porta insiste na necessidade de uma baixa «estrutural e imediata», que alivie quem tem casa para pagar.

Porto 
CréditosManuel Fernando Araújo / Agência Lusa

O Banco Central Europeu (BCE) tem anunciada para esta quinta-feira uma redução das taxas de juro em 0,25 pontos percentuais, e, como sempre acontece, veja-se o exemplo das subidas e descidas dos preços dos combustíveis, o ritmo de descida das taxas deverá ser bastante mais lento do que a velocidade registada na subida, desde meados de 2022. 

Num comunicado divulgado hoje, o Porta a Porta salienta que «a residual descida das taxas de juro que se anuncia», e que apelida de «operação de cosmética», não alivia quem tem casa para pagar, apesar dos lucros recorde que a banca regista diariamente, exigindo uma baixa «estrutural e imediata» das taxas de juro pelo BCE e a intervenção do Governo português nesse sentido.

A poucos dias das eleições para o Parlamento Europeu, o movimento exige uma inversão do caminho traçado até aqui. «Exige-se nas instituições, nacionais e europeias, quem defenda, de facto, quem precisa de Casa para Viver e a Soberania Nacional», acrescentando que «este governo e esta maioria de direita, cá, como na Europa, agravam as condições de vida de todos os que cá vivem e trabalham e precisam de casa» para viver.

Ainda sobre a tímida redução que se projecta, o Porta a Porta diz que apenas serve para garantir à banca «o seu percurso de colossais lucros históricos», acrescentando que, enquanto as famílias «entregam todo o seu salário» para pagar a prestação da casa, a banca acumula mais de 13 milhões de euros líquidos por dia.

«Muitas são já as famílias que nem com o salário que auferem conseguem fazer face à prestação da casa», denuncia o movimento que tem em curso uma petição pelo direito à habitação. 

As críticas do movimento recaem também sobre os chamados vistos gold «solidários», apresentados ao abrigo do Plano de Acção para as Migrações. «É um mecanismo de desresponsabilização profunda do Estado, perpetrado por este governo, tanto na política de habitação como na política das migrações», lê-se na nota. Crítico dos vistos gold pelo impacto na subida dos preços da habitação, o Porta a Porta defende agora que, «relegar o dever de garantir condições básicas» para o mercado, «assenta em pressupostos perversos e desumanos». 

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