Estas legislativas realizam-se na sequência da derrocada eleitoral do partido de Emmanuel Macron, em 9 de Junho, que levou o Presidente francês a dissolver a Assembleia Nacional.
No sistema eleitoral francês, ao contrário do que acontece em Portugal, a eleição efectua-se, em cada uma das 577 circunscrições, em sistema de duas voltas, sendo eleito quem obtenha 50% ou mais dos votos na primeira, disputando a segunda volta as forças que obtenham uma percentagem mínima de 12,5% o que dificulta ou impede a eleição de partidos com menos percentagem eleitoral facilitando a obtenção de maiorias absolutas.
Uma disputa eleitoral que, balizada por este sistema e aliada ao facto de a campanha eleitoral estar a decorrer sob a anunciada perspectiva de uma vitória eleitoral da União Nacional da extrema-direita, apoiada por uma facção dos conservadores do partido Os Republicanos e de uma significativa quebra dos liberais de Macron, terá estado na origem da iniciativa da criação da Nova Frente Popular.
Trata-se de uma coligação, formada em tempo recorde, que inclui a França Insubmissa, os ecologistas EELV e os partidos Comunista e Socialista, e que alguns sectores consideram contranatura, tais as diferenças que têm entre si.
Este domingo, os franceses serão chamados a decidir. Entretanto, segundo as sondagens, a extrema-direita e os seus aliados lideram, seguidos da Frente Popular e do partido de Macron.
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