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Misericórdia de Albufeira ignorou avisos do CESP e encerrou uma creche

O CESP já tinha alertado a provedora da Misericórdia de Albufeira para vários problemas e conflitos existentes numa creche pertencente à instituição. Agora, um mês antes do início do ano lectivo, pais e auxiliares foram informados do encerramento da creche.

Créditos / Jornal Online O Minho

O Centro Infantil Quinta dos Pardais fechou, mas os problemas há muito que eram apontados. Quem o diz é o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços (CESP) que em comunicado procura situar todo o problema, assim como informar que pretende salvaguardar os postos de trabalho dos trabalhadores. 

De acordo com o Sul Informação, um mês antes do ano lectivo, os encarregados de educação receberam o seguinte email por parte da Santa Casa da Misericórdia de Albufeira: «É com muita tristeza e pesar que me dirijo a cada um de vós para informar que todos os esforços foram feitos para recrutar profissionais licenciados como Educadores de Infância ao longo do ano de 2023 e 2024, o que se manifestou como uma tarefa impossível dada a falta de profissionais nesta área para a quantidade de oferta, que é tanto no público como no privado e no setor social».

Após as notícias divulgadas pela comunicação social sobre o fecho da creche, o CESP dá nota que já tinha alertado a provedora da Santa Casa da Misericórdia  no dia 23 de Fevereiro de 2024 para vários problemas e conflitos existentes na instituição e na creche em questão.

Os aviso foram ignorados e o desfecho foi o conhecido. Segundo o CESP, a Instituição mantém uma prática de baixos salários e de desvalorização do trabalho e dos trabalhadores, factor fundamental na captação e fixação de trabalhadores para o exercício  de funções de responsabilidade. O mesmo acrescenta que «com salários iguais ou próximos do salário mínimo nacional não é possível que a instituição pretenda resolver o problema».

É por estas razões, partindo do ponto de defesa e salvaguarda dos interesses dos trabalhadores, que o CESP exige que sejam tomadas todas as providências de forma a acautelar a manutenção dos postos de trabalho e para que se mantenha em funcionamento esta valência dando resposta às famílias que estavam a contar com esta prestação de serviços.
 

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