O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços (CESP/CGTP-IN) revela numa nota à imprensa que, depois de várias reuniões com a Associação Comercial de Aveiro (ACA), quer no âmbito da negociação, quer em sede de conciliação no Ministério do Trabalho, a associação patronal «continuou a insistir» na retirada do pagamento do trabalho nocturno aos trabalhadores.
O CESP explica que, não obstante a sua proposta, que contemplava aspectos como o salário mínimo de 650 euros «com aumentos para todos os níveis», 25 dias de férias para todos os trabalhadores e a redução do período normal de trabalho em uma hora (das 40h para as 39h), a ACA apresentou uma contraproposta «inaceitável».
Em causa está a redução do pagamento do trabalho nocturno. Para se perceber o impacto, o CESP deixa um exemplo: alguém que trabalhe todos os dias pelo menos uma hora para além das 20h, «deixaria de receber o acréscimo de 25%» a que tem direito actualmente.
«Um trabalhador que ganhe quatro euros em cada hora, perderia no final do mês cerca de 22 euros», ilustra o sindicato, que esta segunda-feira fará uma jornada de contacto com os trabalhadores do comércio retalhista no concelho de Aveiro.
«O que a ACA quer é que os trabalhadores passem apenas a receber o pagamento de trabalho nocturno a partir das 22h, não percebendo ou fingindo que não percebe que isto é um direito dos trabalhadores porque o trabalho prestado em período nocturno é mais penoso», denuncia.
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