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Hipótese de paralisação está a ser ponderada caso a intransigência da administração se mantenha

Trabalhadores da CGD exigem aumentos salariais

A concentração, que juntou cerca de 200 trabalhadores e aposentados da Caixa Geral de Depósitos (CGD), nesta quarta-feira, serviu para exigir da administração o cumprimento do descongelamento dos salários e a contagem do tempo em falta para as progressões nas carreiras.

Reformados da CGD estão há oito anos sem qualquer actualização devido ao facto de as pensões estarem indexadas aos salários
Créditos / STEC

O protesto, convocado pelo Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD (STEC), reuniu mais de 200 pessoas frente à sede da CGD em Lisboa. João Lopes, dirigente do STEC, em declarações ao AbrilAbril, afirma que é «fruto do descontentamento acumulado entre os trabalhadores e aposentados da CGD».

O dirigente sindical comunicou que a administração da CGD continua a recusar o descongelamento dos salários em 2017, remetendo a questão para 2018 por «não estarem reunidas condições neste momento».

João Lopes explicou que «houve de facto uma reunião no dia 30 de Novembro com a administração», no entanto, da parte desta só veio «o reconhecimento das dificuldades relativas às condições de trabalho, prometendo resolvê-las conforme possível», mas sobre salários e progressão nas carreiras quase nada.

Devido ao plano de reestruturação por que passa o banco público, os trabalhadores têm estado sob uma forte pressão nos locais de trabalho, muitos a funcionar com números reduzidos de trabalhadores, enquanto o «número de casos de esgotamento e baixas de teor psíquico tem aumentado».

Salários e reformas congeladas desde 2010

Os trabalhadores e reformados da CGD encontram-se há quase oito anos sem actualização dos salários e pensões de reforma. Afirmam, no protesto, que não aceitam que esta questão seja remetida para 2018 pois o descongelamento já estava previsto no orçamento de estado para 2017.

Já a administração da CGD disse à agência Lusa, citada pelo DN, que se trata de uma altura «exigente e que implica um esforço de toda a instituição para ultrapassar o período de seis anos de prejuízos consecutivos». Porém, diz o STEC, «os sálarios da administração beneficiaram de um aumento de 100%».

Sobre a progressão das carreiras, sobretudo na contagem dos anos de 2013 a 2016 para esse efeito, João Lopes afirma que a administração «quer um apagão». A administração da CGD não quêr contabilizar os três anos, o que tem causado descontentamento entre trabalhadores que, segundo o sindicalista, «não aceitam a perda de três anos de trabalho».

Caso a posição da administração não mude, o dirigente sindical afirma que «serão consideradas outras formas de luta mais intensas, conforme a vontade dos trabalhadores, inclusive a hipótese de greve em último recurso».

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