O Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Correios e Telecomunicações (SNTCT/CGTP-IN) afirma num comunicado que a empresa subtraiu 30 milhões de euros da actividade postal, em 2016 e 2017, que, na realidade, eram custos do Banco CTT.
As negociações salariais naqueles anos decorreram sem ter em conta esse valor nos resultados da actividade postal, pelo que agora, e depois da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom) obrigar os CTT a corrigir as contas referentes a esses anos, o sindicato desafia a empresa a compensar os salários negociados em baixa, nomeadamente para os carteiros e motoristas.
A estrutura sindical, que acusa a empresa de querer «esconder» as contas perante os trabalhadores, lembra que a actividade postal continua a ser o grande suporte da actividade dos CTT.
Porém, denuncia, «os trabalhadores cuja actividade principal é o "correio", além de continuarem a ter que dar a cara» diariamente por «erros de serviço derivados de uma errada política de gestão», continuam também a assistir ao decréscimo do seu poder de compra, enquanto os lucros são canalizados para o Banco CTT.
«Isso incluindo os que, tendo sido empurrados para a condição de um contrato de "pluriempregador", executam funções bancárias e funções postais à vez e, porque são de raiz postal, têm muitas vezes ao seu lado a trabalhar gente que só faz banco e que, nalguns casos, miraculosamente, ganha mais que os que executam duplas funções e, em alguns casos, mais que a própria chefia», lê-se na nota.
O SNTCT admite que os trabalhadores postais são ofendidos na praça pública, em virtude da «má gestão» e da falta de pessoal, e critica as ameaças de «multas, suspensões e até despedimento».
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