Um relatório publicado pelo Centre for Science and Environment e a revista Down to Earth, por ocasião do Dia Mundial do Ambiente, revela que 71% dos indianos não conseguem pagar uma refeição saudável.
Esta parcela é classificada como «enorme» no relatório, tendo em conta que, a nível mundial, a percentagem de pessoas sem dinheiro para uma dieta saudável desce para 42%.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), quando o custo de uma refeição saudável é superior a 63% dos rendimentos de uma pessoa, é considerada inacessível, indica o portal scroll.in.
Os hábitos alimentares pobres em frutas, vegetais, grãos integrais e ricos em carnes processadas, carne vermelha e bebidas açucaradas podem conduzir a doenças respiratórias, diabetes, cancro, derrames e doenças coronárias, refere o texto, que destaca os «níveis inaceitáveis de má nutrição que persistem» no país asiático.
Ao analisar os preços dos alimentos, o texto afirma que a inflação do índice de preços alimentares ao consumidor (IPAC) registou um aumento de 327% no ano passado, enquanto no índice de preços ao consumidor – que inclui o IPAC – se verificou um aumento de 84% no mesmo período.
Com o aumento recente do preço dos alimentos e dos combustíveis, em Abril último a Índia bateu um recorde de oito anos, ao nível da inflação.
A propósito do relatório agora publicado e numa altura em que o governo de Narendra Modi anda a celebrar oito anos de governação, Sitaram Yechury, secretário-geral do Partido Comunista da Índia (Marxista), afirmou na sua conta de Twitter que o governo indiano «não pode distorcer a verdade do impacto desastroso das suas políticas impiedosas nas vidas das pessoas».
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