É o cada vez mais normal na grande distribuição: os trabalhadores criam a riqueza das empresas e o patronato despreza quem trabalha e fica com a mais-valia criada. O LIDL veio mais uma vez comprovar isto com algo que já parece uma velha máxima, ou seja, anunciou que, apesar dos lucros registados, os trabalhadores não serão aumentados.
Para o CESP isto é consequência de avaliações que LIDL «não têm transparência, nem têm em conta o desempenho dos trabalhadores», sendo que «as notas negativas são distribuídas como quem convém às chefias». O sistema está assim criado para prejudicar quem trabalha, já que o modelo de avaliação é «discriminatório e impeditivo da progressão e valorização profissional».
O sindicato reafirma, no entanto, que os trabalhadores estão unidos e neste momento está a ser exigido a negociação com a administração, «nomeadamente a revisão deste modelo de avaliação sem isenção nem rigor: um sistema que permite o exercício do pequeno poder e da repressão laboral».
Segundo o mesmo, após os delegados sindicais do CESP que trabalham no LILD auscultarem os seus colegas, já construíram um caderno reivindicativo de forma a partirem com toda a força para o tal processo negocial. Entre as principais reivindicações surge, naturalmente, o «aumento dos salários de todos os trabalhadores em pelo menos 15% (no mínimo 150€), a «fixação do salário de entrada na empresa em 910€ a partir de Janeiro de 2024» e a «diferenciação salarial de todos os níveis das tabelas salariais, sem discriminações e sem depender de critérios de avaliação».
Contribui para uma boa ideia
Desde há vários anos, o AbrilAbril assume diariamente o seu compromisso com a verdade, a justiça social, a solidariedade e a paz.
O teu contributo vem reforçar o nosso projecto e consolidar a nossa presença.
Contribui aqui