bombardeamento

O Monitor Euro-Mediterrânico dos Direitos Humanos (Euro-Med) alerta para a «situação alimentar severa» na Faixa de Gaza, na sequência do bloqueio imposto ao enclave há mais de mês e meio.

A actriz Juliet Stevenson, conhecida pelas críticas às acções da ocupação na Palestina e à cumplicidade ocidental, referiu-se ao massacre em Gaza como «o desastre humanitário mais extremo do nosso tempo».

Os palestinianos condenaram de forma veemente o ataque da ocupação, este domingo, ao Hospital Baptista al-Ahli, na Cidade de Gaza, classificando-o como «uma das formas mais horríveis de genocídio».

Unrwa, OMS e Ministério da Saúde em Gaza alertam para as consequências do bloqueio israelita ao enclave palestiniano, que impede a chegada de comida, água, combustível e medicamentos.

No âmbito do Dia Mundial da Saúde, a Unrwa chamou a atenção para os ataques sucessivos da ocupação aos centros de saúde na Faixa de Gaza, onde escasseiam bens essenciais e material médico.

Em dois dias consecutivos, o Programa Alimentar Mundial (PAM) alertou para escassez de alimentos em Gaza, onde as forças de ocupação intensificam operações, atacam infra-estruturas da ONU e massacram civis.

A diplomacia palestiniana apontou como «crime de guerra» o assassinato em Rafah, perpetrado pela ocupação, de oito paramédicos do Crescente Vermelho, cinco elementos da Protecção Civil e um trabalhador da ONU.

Bruno Rodríguez, ministro cubano dos Negócios Estrangeiros, apelou ao fim do «genocídio calculado» que as forças sionistas levam a efeito na Faixa de Gaza. «Deve cessar de imediato», sublinhou.

De acordo com a agência da ONU para os refugiados palestinianos, mais de um milhão de pessoas estão em risco de ficar sem comida no enclave, caso não seja permitida a entrada de mais abastecimentos.

Partidos de esquerda, sindicatos, organizações estudantis e de mulheres na Índia realizaram uma jornada em solidariedade com a Palestina, tendo exigido a declaração de Israel como «Estado de Apartheid».

O Conselho Supremo Político do Iémen condenou a agressão britânico-norte-americana deste sábado contra o país e prometeu responder de forma «profissional e dolorosa».

A ofensiva israelita de limpeza étnica provocou pelo menos 61 709 mortos: 47 487 confirmados nos hospitais e 14 222 desaparecidos e dados como mortos, informou o Gabinete de Imprensa governamental.

Centenas de milhares de deslocados palestinianos teimam em não abandonar a sua terra – uma terra devastada onde não há electricidade, infra-estruturas e onde fazem falta tendas.

«Com 88% das escolas atingidas, os desafios são imensos», alertou a agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos (Unrwa), a propósito do Dia Internacional da Educação.

O cessar-fogo que entrou em vigor no domingo permitiu aos palestinianos regressarem às suas casas e iniciarem a busca dos seus familiares desaparecidos sob os escombros. O cenário é de devastação.

Os primeiros camiões com ajuda humanitária entraram no enclave cercado este domingo, com o início do cessar-fogo entre as forças israelitas de ocupação e a resistência palestiniana.

A Associação Palestiniana de Comunicação Social Desportiva (PSMA) revelou que Israel matou 708 atletas palestinianos, incluindo 95 crianças, desde o início da ofensiva contra Gaza, em Outubro de 2023.

Pelo menos 74 crianças palestinianas foram assassinadas pelas forças de ocupação no enclave costeiro na primeira semana de 2025, revelou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).