Angústia é o sentimento que se impõe entre os mais de 100 trabalhadores (nalguns casos são casais com filhos) que foram apanhados de surpresa com a notícia do despedimento, na passada sexta-feira.
Hoje estiveram hoje à porta das empresas para receberem o documento que lhes dará direito ao subsídio de desemprego, apesar de ainda terem a receber metade do salário de Janeiro e os dias de trabalho do mês de Fevereiro, não estando esclarecido também o pagamento referente aos direitos por antiguidade.
Denunciam que o proprietário se recusa a apresentar insolvência, mas Fernanda Moreira, do Sindicato Nacional dos Profissionais da Indústria e Comércio do Calçado, Malas e Afins (CGTP-IN), esclarece que seria tudo mais fácil se fosse a empresa a apresentá-la. Além de o processo correr «muito mais rápido», frisa que dessa forma os trabalhadores «não teriam que gastar dinheiro» com as custas do processo.
Na base do despedimento, de acordo com a administração das empresas, estará uma dívida do único cliente do grupo. Entretanto, os trabalhadores afirmam que havia uma encomenda de 14 mil pares de sapatos a ser feita.
Com os trabalhadores das empresas Catalã e Jomica esteve esta manhã uma delegação do PCP, que lamentou o encerramento de mais duas empresas do sector do calçado naquela região.
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