Opinião

O futebol pode ser uma plataforma poderosa no ativismo social e político. Os futebolistas, com toda a visibilidade mediática e influência junto das massas, têm a capacidade de chamar a atenção para questões importantes e de promover mudanças.

Estivemos perante a inquietante prestação dos dois putativos chefes do império norte-americano, ou seja, do globalismo, do «mundo civilizado», os patrões dos nossos políticos «vocacionados» para o poder, os donos das nossas vidas.

Poucos documentos oficiais são tão arrasadores para uma privatização como a Auditoria 16/2023 do Tribunal de Contas (TdC) à privatização da ANA.

A Transtejo não precisa de ser privatizada, como na prática defendeu Ana Paula Vitorino. É a AMT que precisa de ser nacionalizada, colocada ao serviço do povo português e não das multinacionais europeias.

Mais do que masoquista perante os seus patronos norte-americanos, a Europa tem vocação suicida. Quem sofre são os povos, nunca as classes políticas, até ao dia em que a paciência das populações se esgote e se inicie o inevitável ajuste de contas com o regime federalista e sociopata pan-europeu.

Exposições de Renée Gagnon, José David, Helena Jalles e Maura Grimaldi, em Lisboa, da coletiva de desenho «Projeções», em Gondomar, e de Ivan Nascimento, no Seixal.

As PPP revelaram-se – na prática – uma das formas mais eficazes e mais seguras de espremer o Estado português, e de colocar milhões de euros nos bolsos de meia dúzia de grupos capitalistas e, evidentemente, do conjunto de intermediários e facilitadores do negócio.

Dono da camisola 9, que fazia da área adversária o seu habitat e do golo uma normalidade anormal, Manuel Fernandes marcou gerações. O «eterno capitão» do Sporting Clube de Portugal faleceu ontem aos 73 anos. 

Não regresso ao verão da minha infância por nostalgia, mas pela esperança de voltar a ver um país em que o ar é de todos, em que não é preciso entrar em propriedade privada para ver as estrelas ou sentir o mar nos dedos dos pés. 

A luta contra a desinformação, contra as «fake news», tem servido de desculpa para montar novos instrumentos de censura. Desde logo, por autorizar muitas empresas a censurar conteúdos por «boas razões».

O primarismo da manipulação está ao nível da propaganda salazarista, quando os comunistas «comiam criancinhas» e se «viam livres dos velhos com injecções atrás da orelha». Mesmo assim, a manobra inspirada em Goebbels continua a fazer o seu caminho.

A coisa prometia ser esclarecedora. Com a chancela da SIC e do Expresso, o podcast tinha como título: houve de facto desinvestimento da Vinci com a privatização, como acusa o PCP?

Levar a sério o significado que Washington, Bruxelas e a NATO pretendem dar actualmente ao desembarque na Normandia equivale a acreditar que uma equipa de futebol amadora com apenas cinco jogadores foi capaz de derrotar o campeão mundial até então invencível e no zénite do seu esplendor.

Os trabalhadores migrantes fornecem remessas cruciais para os seus países de origem, mas recebem pouca protecção social e não têm respeito suficiente.

Num país ao abandono, onde vivemos reféns das decisões tomadas bem longe, onde vivemos sem ser ouvidos, permeáveis a todo o tipo de demagogia por causa de uma legítima revolta contra o sistema, é à cultura de massas que muitas vezes cabe o papel de esclarecimento e luta. 

Mais do que pão para a boca, a defesa da democracia assente nos direitos fundamentais, na liberdade e dignidade humana, deve fazer-se pelo acentuar da soberania política dos Estados-membros.

Boçal ignorância de quem a diz e de quem a escuta, sem perceber onde está o erro. Como se Portugal tivesse necessitado de entrar para a União Europeia para passar a ter casas de banho, sanitas, duches e redes de esgoto.

A Comissão Europeia, nas suas recomendações por países, continua a martelar na insustentabilidade da Segurança Social e na necessidade de fomentar outros regimes de previdências assentes em regimes de capitalização.

De forma mais acentuada do que na generalidade dos países da União Europeia, a falta de resposta pública e o peso do mercado para exercer o direito à habitação, leva a que 77,8% dos residentes no nosso país sejam empurrados para a compra de habitação.

Como já sabia quem queria saber, não há duas auditorias à privatização da ANA realizadas pelo Tribunal de Contas, há só a publicada em Janeiro de 2024, que conclui ter violado a lei e ser contrária ao interesse público.

«Arte e Tecnologia» em Braga, II Bienal de Arte Contemporânea de Trás-os-Montes, «Make Feminine» de Letícia Maia no Porto e «Areal – Três Gerações De Cor» em Lagos.

Compara-se o que não é comparável para se poder concluir aquilo que se pretende concluir. Seria certamente mais útil questionar porque razão as grandes empresas dominadas por capitais estrangeiros pagam muito menos aos seus trabalhadores em Portugal do que nos seus países de origem.

A revolução humanista e social não move qualquer das forças que se confrontam. Terá de ser obra dos cidadãos para os cidadãos – e, como revolução, terá de fazer-se à revelia dos poderes e contra os poderes.

Estamos perante uma situação inaceitável: alguém que sai de um cargo público para outro cargo público melhor remunerado e recebe uma indemnização graças a um programa que existia «por causa da necessidade de redução da despesa pública».

Depois de uma pausa, a austeridade está de volta e em força. Volta a estar em causa o investimento público, empurrando os Estados para soluções público-privadas, para resolver problemas candentes que afetam a vida dos trabalhadores e do povo.

Para orgulho de todos nós, foram portuguesas as vozes que melhor se ouviram, vozes de cidadãs, de mulheres de paz, que tiveram a coragem de se distanciar da cumplicidade objectiva da EBU e afins com a carnificina e a limpeza étnica que o regime sionista comete há 76 anos na Palestina.

Enquanto pessoas em todo o mundo tomam medidas ousadas de apoio à Palestina, a classe dominante global do Norte tem usado todas as ferramentas à sua disposição para apoiar o genocídio de Israel e criminalizar a solidariedade. 

É cada vez mais importante lutar pela liberdade e contra a censura no mundo digital. Lutar por exigir redes transparentes, de acesso livre, e a proibição total da recolha, armazenamento e tratamento de dados pessoais. 

Exposições «Unreliable Memories» e «O Tempo de Todas as Perguntas» em Évora, «Artistas com o 25 de Abril» em Lisboa, «De Passagem…» em Vila do Conde e «Através da Forma» em Póvoa de Santa Iria.

Neste 50.º aniversário do 25 de Abril importa trazer os neorrealistas para a celebração da Revolução que nos ajudou a conquistar direitos e liberdades, que nos ajudou a afirmar uma rutura com 48 anos de fascismo e para a qual deram o seu contributo e muitas vezes a vida. 

Hoje já não há cravo capaz de disfarçar as multidões de «filhos da mãe» que para aí andam, farsantes que dissolvem o 25 de Abril no 25 de Novembro; para eles bastava que o salazarismo/marcelismo imitasse a sábia transição conseguida pelo franquismo aqui mesmo ao lado.

Morreram a lutar pela vida, por uma míngua de descanso pessoal e de disponibilidade para a família, por porem cobro a jornadas de trabalho que podiam ir até às 12, 14 e mesmo 16 horas por dia.

A chantagem pública da Ryanair contra os Açores, desenvolvida durante todo o ano passado, deveria funcionar como o alerta final sobre o que seria o futuro das ligações aos Açores nas mãos do «mercado».

Abril que vivemos este ano não é um Abril qualquer, mas um Qualquer Abril pleno de vontade de afirmar a universalidade da madrugada que se esperava, movida pela intensidade da força daqueles que tomaram pelas mãos o seu destino.

Hoje, quando a comunicação social corporativa e afim, mesmo que em mãos públicas, aborda o 25 de Abril que a libertou, normalmente fá-lo segundo uma versão da revolução infectada pelo vírus de Novembro.

A CP Carga foi vendida por um valor não mais que simbólico a um dos seus clientes, a multinacional suíça MSC, que a passou a gerir segundo os seus próprios interesses.